O atacante Paolo Guerrero, do Flamengo, ficará de fora dos gramados por um ano com a suspensão nesta sexta aplicada pela Fifa após resultado do exame antidoping em jogo da seleção peruana na Argentina, nas eliminatórias da Copa de 2018.

A suspensão começa a valer a partir de 3 de novembro de 2017, a data em que ele foi suspenso preventivamente pela primeira vez. Como o “gancho” irá durar até novembro de 2018, o jogador, de 33 anos, está fora do próximo Mundial, perdendo a chance de jogar o torneio pela primeira vez na carreira.

— O jogador testou positivo para o metabólito da cocaína Benzoilecgonina, uma substância incluída na lista proibida da Wada de 2017 sob a classe ‘S6. Estimulantes’. [...] Por testar positivo para uma substância proibida, o jogador violou o artigo 6 das Regras Antidoping da Fifa e, também, infringiu o artigo 63 do Código Disciplinar da Fifa—, explicou a entidade.

No julgamento em primeira instância cabe ainda recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (Suíça).

A quantidade de metabólito de cocaína na urina de Guerrero é considerada pequena. Os exames mostraram apenas 72 nanogramas por mililitros, o que a Fifa considerou factível com a versão do atleta de que tomou um chá antigripal.

No entanto, a pena de um ano é a mínima prevista para casos positivos da droga.

Pesaram a favor do atleta, além dele ter admitido que tomou o chá, o fato de ele não ter sido testado com a substância em nenhum outro momento de sua carreira.

O escritório Bichara Neto, que defende Paolo Guerrero, criticou a decisão da Fifa:

—Recebemos com extrema surpresa e decepção o resultado punindo o atleta, mesmo reconhecendo que o jogador não faz uso de cocaína. As provas são contundentes e somadas à baixíssima concentração do metabólito comum à folha de coca não justificam a decisão. Vamos recorrer até a última instância em busca de justiça — disse em comunicado.