A Bacia de Campos receberá investimentos de US$ 18,9 bilhões entre 2018 e 2022, conforme prevê o plano de negócios e gestão da Petrobras. Serão quatro novas plataformas e seis novos blocos exploratórios. A parceria será com a empresa Statoil, no campo de Roncador, com compartilhamento de tecnologia e aumento do fator de recuperação.
A iniciativa busca aumentar o valor da bacia, já que a região é responsável por 50% da produção da empresa. Entre as quatro novas plataformas estão a de Tartaruga Verde e Mestiça, com previsão de implantação em 2018, e, em 2021, as plataformas do Integrado Parque das Baleias e Revitalização Marlim 1 e 2.
Os seis novos blocos exploratórios foram adquiridos pela empresa na 14ª Rodada de Concessão da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No dia 18 de dezembro, a Petrobras assinou contratos com a empresa norueguesa Statoil. O acordo entre as companhias envolve cessão de 25% da participação da Petrobras no campo de Roncador, pelo valor total de US$ 2,9 bilhões.
Na última semana, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, recebeu o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em seu gabinete. Durante a reunião, Parente afirmou que a Petrobras trabalha na recuperação financeira da estatal. “A empresa tem uma dívida muito grande ainda. Estamos trabalhando para resolver essa questão. Apesar dessa dívida, ainda é a empresa que mais investe no nosso país. Vamos continuar investindo cerca de US$ 15 bilhões por ano. Portanto, para os próximos cinco anos, provavelmente um total de US$ 75 bilhões serão investidos”, disse.
Na ocasião, Dr. Aluízio afirmou que a região está pronta para o recomeço, se preparando para um novo ciclo fundamental para a região e para todo o Brasil. “Isso demonstra o vigor que a região ainda tem. Temos, ainda, o anúncio da licitação para a reforma de 39 plataformas, gerando três mil empregos diretos. Um recomeço com eficiência, competência, com novos empregos e evitando o desperdício”, pontuou o prefeito de Macaé.
Termelétrica — Outro investimento que contribuirá para a geração de empregos em Macaé é o projeto da Usina Termelétrica (UTE) Vale Azul II, do Grupo EBTE Engenharia. A empresa foi uma das principais vencedoras do leilão de energia realizado esta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A base, que utilizará gás processado pelo Terminal Cabiúnas, começará a ser construída no município no segundo semestre de 2018.
O leilão A-6 teve como objetivo a contratação de energia elétrica produzida por novos empreendimentos ativados com fontes hidrelétrica, eólica e termelétrica (a carvão, a gás natural em ciclo combinado e a biomassa). De acordo com a Aneel, o início de suprimento deve ocorrer em seis anos.
A UTE Vale Azul II pertence a um grupo composto por outras duas usinas termelétricas, projetadas para atender à demanda crescente de energia para a cadeia produtiva de óleo e gás, assim como para outras vertentes econômicas em ascensão no Norte Fluminense e na Região dos Lagos. O empreendimento ocupará área situada à margem da RJ 168, a Estrada da Serra.
O Grupo EBTE inscreveu um dos três projetos de termelétricas no leilão devido ao atual volume de gás ofertado pelo Terminal Cabiúnas, que recebe a produção das bacias de Campos e Santos. (A.N.)