A Secretaria de Estado de Fazenda deposita nesta quinta-feira o valor de R$ 4.428 para todos os servidores ativos, inativos e pensionistas que ainda não receberam os seus vencimentos de setembro. O valor total a ser depositado é de R$ 249,9 milhões.
No último dia 17 foram quitados os salários de setembro de 132.644 servidores ativos, inativos e pensionistas que ganham salário líquido de até R$ 2.826. Com o pagamento, todos os que recebem até R$ 4.428 líquido também terão os salários de setembro quitados. Com isso, terão sido pagos integralmente os vencimentos de 438.070 vínculos, totalizando R$ 1,504 bilhão. Após o depósito, ainda haverá pendências no pagamento de setembro para 25.287 vínculos, em um total de R$ 103,6 milhões.
Os pagamentos serão efetuados ao longo do dia, mesmo após o término do expediente bancário. De acordo com o resultado da arrecadação, a Fazenda anunciará posteriormente quando se dará um novo depósito.
A paciência dos servidores estaduais com a indefinição do governo para colocar as pendências em dia passou dos limites. Após muitas promessas não cumpridas pelo estado e a burocracia que parece não ter fim para liberar o empréstimo de R$ 2,9 bilhões que pagará o décimo terceiro do ano passado, os salários de setembro e de outubro atrasados, entre outros pontos, uma parte do funcionalismo adotará medidas para pressionar ainda mais o governador Pezão.
O pessoal da Polícia Civil vai marcar uma assembleia, em breve, para deliberar sobre uma paralisação das atividades. A alegação será quebra de contrato de trabalho pelo não pagamento do décimo terceiro de 2016 que, segundo representantes da categoria, resulta em hipossuficiência financeira de vários servidores.
“O governo do estado deixou de pagar verba alimentar e está deixando de pagar nossos direitos”, explica Fábio Neira, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindpol-RJ).
Neira informou que as entidades enviaram email na segunda-feira e protocolaram ofício cobrando esclarecimentos do governo sobre as notícias de que o empréstimo de R$ 2,9 bi do BNP-Paribas estaria enfrentando problemas, e estaria condicionado a intervenção do Banco Mundial.
“Demos cinco dias para uma resposta e assim vamos marcar a assembleia para decidirmos a paralisação”, afirmou o dirigente.
Neira lembrou que o governador Pezão se reuniu no mês passado com lideranças do movimento e garantiu que o empréstimo sairia para pagar os atrasados. E que o prazo máximo para a quitação era o dia 27 de novembro, exceto se ocorresse ordem judicial. “O que não ocorreu”, disse.