Depois de quase dois anos fechado, o Teatro de Bolso Procópio Ferreira foi reaberto em março deste ano, pelo prefeito Rafael Diniz, com a proposta de devolução deste importante espaço cultural ao artista local. A promessa foi cumprida e não foi à toa que cerca de 800 artistas pisaram no palco do Procópio Ferreira e foram aplaudidos por um público de 7,7 mil pessoas.

Durante 10 meses, foram 40 eventos entre peças teatrais e espetáculos de dança. No dia 27 de março, data da reabertura, o Teatro de Bolso recebeu o Festival de Esquetes organizado pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Estado do Rio de Janeiro (Sated-RJ). Cinquenta e dois artistas de Campos, São João da Barra, Itaperuna, Laje do Muriaé participaram do evento e foram prestigiados por 162 pessoas, a capacidade máxima do espaço.

— Assim como no dia da abertura, é muito gratificante ver esse momento do Teatro de Bolso. Quando criança, eu frequentei este teatro, que foi inaugurado pelo meu avô Zezé Barbosa, e, enquanto vereador, defendi que o Teatro de Bolso fosse devolvido ao artista. E hoje, está aí o resultado — enfatizou Diniz.

Diretor do Procópio Ferreira, Fernando Rossi, disse que a temporada foi marcada por grandes desafios e que toda a equipe já pensa o próximo ano. “Estamos muito felizes vendo o Teatro funcionando ativamente, respirando a nossa cultura, e ver a expressiva participação do público é extremamente recompensador. No próximo ano, no dia 13 de abril, o TB estará comemorando 50 anos de existência, e já estamos pensando em uma programação diversificada e especial para a população e visitantes”, disse Fernando Rossi.

Dentre as peças encenadas, este ano, no TB: Relação — A calma e a fúria; 1ª Mostra Cultura de Dança; Pessoas; Juan Gorrín canta cine; Os inimigos não mandam flores; Entre o dedo e o anel; Pontal; As Feras; O Blá, Blá, Blá; Quatre; Despertar da Primavera; Abalô de Abadô; Sarau das Preta; Mil Pedaços; Passinho.com; As Pessoas na Sala de Jantar; Transgressores; Ecos da África; A mais fina porcelana e a Lâmina cruel; Vinicius é o que é, A Arca de Noé; Uma moça muito preguiçosa; A Ópera do Samba; O Samba; Portinari — Pés, Alma e Sentimento; Dançando nos 20; Sonho de uma Noite de Verão; Show de Natal — Juan Gorrín e Outro Olhar.

Além dos espetáculos, neste ano de 2017, o Teatro de Bolso Procópio Ferreira recebeu o projeto Escola de Prática Artística (Epa!), uma parceria com a secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), voltado para estudantes da rede municipal de ensino, funcionando como um pré-técnico em artes, na prática e teoria no aspecto artístico e também o Curso Livre de Teatro, com a coordenação da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), e ainda fóruns.

— O Teatro de Bolso viveu grandes momentos neste ano de 2017 e com certeza vai reeditar seus bons momentos na arte em 2018 — comemorou a presidente da FCJOL, Cristina Lima. (A.N.)