Ás de Ouro faz homenagem à Folha
Jhonattan Reis 09/12/2017 16:53 - Atualizado em 14/12/2017 16:21
Rodrigo Silveira
A escola de samba Ás de Ouro, fundada em 1984 e vencedora de seis carnavais em Campos, prestará homenagem aos 40 anos da Folha da Manhã — completados em 2018 —, no Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (11), dedicando o nono páreo ao grupo de comunicação pelos relevantes serviços prestados à comunidade do Norte e Noroeste Fluminense, como explicou o presidente da agremiação, Dalton Ribeiro Gomes, o Daltinho. Ele adiantou que a escola está com seu enredo para 2018 definido. “Foi dada a largada” aborda a importância do turfe brasileiro e a paixão pelo esporte no Brasil. Daltinho também comentou sobre a homenagem feita à Folha.
— Neste programa de corrida de cavalos eu dediquei cada um dos 10 páreos a amigos e parceiros. Entre os homenageados estão a Prefeitura Municipal de Campos, a Câmara Municipal de Vereadores e, claro, o próprio grupo Folha da Manhã, que completará, no próximo ano, quatro décadas se dedicando à população de Campos e das cidades da região, sendo que Aluysio Cardoso Barbosa (fundador da Folha da Manhã) era meu grande parceiro de turfe.
A diretora do Grupo Folha de Comunicação, Diva Abreu Barbosa, lembrou da paixão de Aluysio Cardoso Barbosa pelas corridas de cavalo.
— Fato é que ele vivia no jóquei. E foi lá que, nos anos 1960, ele conheceu Hervé Salvado Rodrigues, então proprietário do jornal A Notícia, que tinha uma projeção como a Folha da Manhã tem hoje na região. E Hervé convidou Aluysio para escrever sobre corridas de cavalos no jornal — disse.
E essa foi a porta de entrada de Aluysio Cardoso Barbosa para o jornalismo, explica Diva.
— Vendo o talento que Aluysio tinha para o jornalismo, Hervé o contratou para ser repórter d’A Notícia e o aconselhou a entrar na Faculdade de Filosofia de Campos para cursar jornalismo. Anos depois, Aluysio, que havia deixado a cidade e estava trabalhando no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, foi convidado para ser diretor de redação do jornal A Notícia. Então, das corridas de cavalo Aluysio foi levado ao jornalismo. Era uma paixão. Lembro que ele passava as tardes de sábado vendo jóquei pela TV.
Destacando o enredo da Ás de Ouro para 2018, Daltinho, presidente da escola de samba há 30 anos, falou sobre a importância do turfe no Brasil.
— Há muitos apaixonados pelo esporte no país. E é um tema que, na verdade, vai abranger o mundo todo, porque nenhuma escola no mundo falou sobre essa história. Inclusive, foi daí que surgiu o tema, que escolhemos ainda no ano passado. O enredo trata de tudo: corridas, jogos, pistas pesadas, pistas leves, narrador, Juvenal, maior ganhador da história de prêmios no Brasil e várias outras coisas.
Daltinho ainda apresentou o samba enredo, do compositor Bambu, tendo Jardel do Cavaco como intérprete e Renato Salgado como Mestre de Bateria, sendo o carnavalesco Roney Gandão.
— O samba diz “que partida boa / Lá vão eles alinhados competir / Assim é uma corrida de cavalos / Às vezes o fotochart vai decidir / Ainda é de madrugada / Em pista leve ou pesada / Jóqueis e joquetas vão treinar / Hoje a Ás de Ouro presta homenagem / O turfe brasileiro vem mostrar. Gávea, cidade jardim / Esse programa não é mole não / Tem favorito pangaré e azarão”. Depois, “E chegando o grande dia / Muito glamour e montaria / No grande prêmio Brasil / E assim em verdade disparada / Contorna a curva de chegada / Lá que vem o campeão / E aí grita emocionado o narrador / Lá vem o Juvenal / Não perde mais / E o vencedor. Foi dada a Largada / Não posso perder / O meu cavalo / E o vencedor não é placê”.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS