Temer afirma que Brasil tem tendência ao autoritarismo
16/11/2017 09:31 - Atualizado em 17/11/2017 17:13
Presidente Michel Temer
Presidente Michel Temer / Marcos Correa/ Divulgação
O presidente Michel Temer afirmou, nesta quarta-feira (15), dia da Proclamação da República, que “se não prestigiarmos certos princípios constitucionais, nossa tendência é caminhar para o autoritarismo. Nós brasileiros temos tendência para a centralização”. Ele voltou a defender o fortalecimento das instituições e da federação como solução para essas questões. E lembrou que, após a República, o país viveu longos períodos de conflitos que resultaram numa concentração de poderes, referindo-se à ditadura de Getúlio Vargas e à tomada do poder pelos militares em 1964. “Temos de governar com espírito de abertura, fazendo harmonia entre os Poderes, com diálogo e respeito ao Legislativo e Judiciário, em diálogo com a sociedade”.
Ontem o governo federal foi transferido simbolicamente para Itu, conhecida como “berço da República” por ter sediado, em abril de 1873, uma reunião de personalidades paulistas com ideais republicanos, entre elas Prudente de Moraes, que viria a ser o primeiro civil a assumir a Presidência. O evento ficou conhecido como Convenção Republicana de Itu.
— As pessoas ficam preocupadas com o que está acontecendo no Brasil. Nós sabemos que as instituições funcionam tranquilamente no País. A autonomia entre os Poderes está havendo e nós só fazemos reforçá-la. Tivemos várias contestações, vários eventos que tentaram paralisar o Brasil, mas a caravana foi passando — afirmou.
Um enorme aparato foi mobilizado para a rápida passagem do presidente pela cidade do interior. Cerca de 150 homens do Exército foram destacados para proteger o trajeto de 300 metros entre o quartel e a prefeitura.
Viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar bloquearam as ruas do entorno da prefeitura. Mesmo assim, um grupo de 20 pessoas ligadas ao PSOL e ao Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região fez muito barulho do lado de fora, com faixas, aos gritos de “fora Temer” e contra a reforma da Previdência. (A.N.)

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