Ação contra Kellinho entra na fila
Aldir Sales 03/11/2017 22:18 - Atualizado em 07/11/2017 14:33
Kellinho
Kellinho / Folha da Manhã
Depois de Jorge Magal (PSD), Vinícius Madureira (PRP) e Jorge Rangel (PTB), o próximo vereador de Campos na fila do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para ser julgado por envolvimento no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição é o presidente municipal do Partido da República, Kellinho. Condenado no dia 18 de janeiro pelo juiz Eron Simas, então titular da 76ª Zona Eleitoral, a oito anos de inelegibilidade e à cassação do registro de candidatura, Kellinho pode ser afastado do cargo caso o plenário da Corte Regional mantenha a sentença da primeira instância, assim como aconteceu com os três outros colegas do Legislativo. A ação consta no TRE como apta para ser julgada, mas ainda não existe uma data para entrar na pauta.
Os processos da Chequinho foram divididos em ações nas esferas cível-eleitoral, as chamadas Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), e em criminal-eleitoral, as ações penais. Dos 38 réus nas Aijes, apenas um, o ex-comandante da Guarda Civil Municipal Wellington Levino, foi absolvido. Entre os condenados estão dez vereadores eleitos, sendo que dois - Magal e Madureira - já perderam o mandato após o TRE confirmar a condenação. Ambos recorrem da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já Jorge Rangel também foi sentenciado no Regional, porém aguarda no cargo o julgamento dos embargos de declaração, recurso que tem como objetivo esclarecer algumas partes da sentença. Caso o recurso não seja acatado pelos desembargadores, Rangel terá o mesmo destino dos outros dois colegas de Câmara.
Os demais sete condenados em primeira instância e que recorrem ao TRE são Thiago Virgílio (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Jorge Rangel (PTB), Ozéias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Linda Mara (PTC) e Miguelito (PSL). Além dos vereadores, a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR) e os candidatos derrotados a prefeito e vice, Dr. Chicão (PR) e Mauro Silva (PSDB), respectivamente, também foram condenados na Aije principal da Chequinho.
Paralelamente às Aijes, também avançam em primeira instância os processos criminais. O ex-governador Anthony Garotinho (PR) foi condenado a 9 anos e 11 meses de prisão em regime fechado, enquanto Ozéias, Miguelito foi sentenciado a 5 anos e 4 meses de reclusão no regime semiaberto. Já a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a ex-coordenadora do programa Cheque Cidadão, Gisele Koch, foram condenadas a 2 anos e 9 meses de prisão em regime aberto.
Já a ação penal que tem como réus Kellinho, Jorge Rangel, Linda Mara (PTC) e Thiago Virgílio (PTC) esta na reta final. Nesta semana, o juiz Ricardo Coimbra concedeu mais cinco dias de prazo para a defesa entregar as alegações finais.

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