Reclamação antiga da população, o serviço de iluminação pública passará por licitação em Campos no próximo dia 16 de novembro. O aviso já foi publicado no Diário Oficial do município e tem como objetivo a contratação de empresa especializada na execução dos serviços de gestão do sistema de iluminação pública e serviços de engenharia, com o fornecimento de mão de obra e todos os materiais necessários à execução.

De acordo com a Prefeitura, um contrato emergencial foi realizado de fevereiro para substituir o antigo, feito na última gestão e considerado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O novo pregão tem como objetivo contratar uma empresa para que realize o serviço até que o projeto de firmar Parceria Público Privada (PPP) seja concretizado.

Atualmente, Campos possui cerca de 53 mil pontos de iluminação, de acordo com levantamento da superintendência de Iluminação Pública. Ainda de acordo com o órgão, durante o contrato emergencial foram feitas cerca de 14 mil intervenções de manutenção em diferentes pontos do município, o que representa 26% do total de pontos de iluminação, fazendo com que reduzisse a demanda.

A superintendência divulgou, ainda, que todas as solicitações da população estão sendo protocoladas e, em breve, um novo cronograma de atendimento será estabelecido para atender a estas demandas. “No início do ano, a atual gestão encontrou cerca de 1.600 reclamações no sistema da superintendência, referentes aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2016”, diz a nota oficial.

Na última segunda-feira (30), a coluna Ponto Final mostrou o problema da falta de iluminação na Pecuária. Na avenida Presidente Vargas, próximo ao conjunto habitacional do Pombal, os moradores reclamam que todos os postes estão sem energia há mais de seis meses. O medo da insegurança é frequente.

— Está muito perigoso sair de casa à noite ou bem cedinho, quando ainda está escuro. Todas as luzes dos postes estão queimadas há mais de seis meses, e a gente fica totalmente abandonado, correndo o risco de ser assaltado ou até sofrer um acidente — contou a dona de casa Lúcia Lourdes Costa Soares.

Os comerciantes também estão apreensivos, muitos estão deixando de abrir os bares e quiosques até mais tarde com medo de assalto.

— O comércio do meu marido já foi assaltado três vezes e com essa escuridão que está aqui na rua fica difícil deixar a lanchonete aberta até mais tarde. O que nós queremos é que as lâmpadas sejam repostas. Está muito escuro — disse Suely Arantes.