Jane Ribeiro
30/11/2017 19:52 - Atualizado em 04/12/2017 14:35
Depois de várias reuniões entre o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Guarda Municipal e Polícia Militar, finalmente se chegou a um acordo para dar início às operações para coibir o transporte clandestino, baseado artigo 47 da Lei das Contravenções Penais (LCP), que prevê prisão de 15 dias a um mês e multa para quem exercer profissão ou atividade econômica, ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que, por lei, está subordinado o seu exercício. As operações serão feitas e as detenções ocorrerão em uma só ocorrência. Além disso, rondas serão feitas para acabar com os pontos de embarque e desembarque dos carros clandestinos.
Segundo o presidente do IMTT, Renato Siqueira, as operações feitas com ocorrências individuais perdem muito tempo.
— O procedimento a partir de agora será mais concentrado. As fiscalizações vão acontecer em vários pontos, mas a ocorrência na delegacia será feita no final de toda a operação, com detenções não mais individuais. Assim, não perdemos mais tempo — informou o presidente.
Além disso, o presidente informou que os pontos de embarque e desembarque vão acabar. Fiscais do IMTT e a Guarda Municipal vão desarticular os locais realizando rondas diárias. “Quem for pego realizando esse tipo de serviço será enquadrado na lei, será detido e o carro apreendido. Decidimos também que vamos fazer uma ronda em vários setores da cidade com a Guarda, IMTT para desmobilizar os locais de concentração dos carros clandestinos. Queremos acabar com os pontos de embarque e desembarque onde ficam os carros que fazem as lotadas. Essa concentração vai deixar de existir. Os fiscais vão agir para acabar com os pontos. Hoje existem carros piratas que fazem embarque e desembarque dentro do terminal de ônibus. Essa ronda vai fiscalizar e monitorar para não deixar mais isso acontecer. Quem estiver fazendo lotada, o veículo será aprendido e o motorista detido”, declarou.
Ônibus — Moradores de vários bairros e localidades das áreas, urbana e rural, em que a empresa Rogil tem a concessão da linha continuam sem o transporte público, por causa da paralisação — que já dura sete dias — dos motoristas e cobradores, que estão com três meses sem receber o salário e o 13º deste ano. O IMTT estendeu o prazo até hoje para que a empresa coloque os ônibus para rodar. A proposta é que novos funcionários sejam contratados.
Os trabalhadores em greve alegam que a empresa não dá satisfação e que o Sindicato dos Rodoviários não está dando apoio à categoria, já que eles tentaram legalizar a greve e o sindicato não permitiu.
Na última segunda (27), os trabalhadores teriam sido informados pelo proprietário da empresa que não há prazo para que os pagamentos sejam efetuados. “Vai ser mantida a paralisação, porque a empresa alega que não tem dinheiro para nos pagar. Depois que pagar, a gente retorna. Estamos reivindicando os salários de meses que já foram trabalhados”, disse um dos motoristas, que não se identificou.