Bairros sem transporte público
Jane Ribeiro 29/11/2017 10:10 - Atualizado em 30/11/2017 09:30
Greve da Rogil
Greve da Rogil / Antonio Leudo
Moradores de várias localidades de Campos estão sem transporte público por causa da paralisação dos trabalhadores da empresa Rogil, desde o último dia 24, e da Turisguá. Nesta quarta-feira, uma reunião foi realizada entre o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) e a direção da Rogil, para discutir uma ação emergencial para resolver o plano de atendimento. A proposta apresentada pelo IMTT é de que a empresa faça novas contratações até que se resolvam as questões trabalhistas. A empresa Turisguá também está com a frota reduzida a 30%, por causa da paralisação de motoristas e cobradores.
De acordo com o presidente do IMTT, Renato Siqueira, a Prefeitura de Campos não tem pendências de pagamento com as empresas de ônibus do município. Segundo ele, o papel hoje do IMTT é resolver o problema da falta de transporte nesses bairros.
— Não podemos deixar a população desassistida dessa forma. O problema de falta de pagamento tem que ser resolvido na Justiça do Trabalho. A Prefeitura não tem pendências com os consórcios. A direção da Rogil informou que já marcou uma audiência na Justiça do Trabalho para a próxima terça-feira e, enquanto isso, vamos tentar solucionar o problema da falta de transporte. Já entrei em contato com os outros dois consórcios, na tentativa de que façam a cobertura das linhas da Rogil. O União descartou, alegando que prejudicaria o atendimento do próprio consórcio, e o Planície vai se posicionar ainda esta semana. A Rogil tem até amanhã (hoje), para dar uma resposta de como vão suprir a falta dos ônibus nas linhas — informou o presidente do instituto municipal.
Sem receber — Os funcionários da empresa de ônibus Rogil cruzaram os braços na última sexta-feira, sem previsão de retorno. Os trabalhadores reivindicam o pagamento dos dois últimos meses, que está atrasado. Eles alegam que a empresa não apresenta um posicionamento e o sindicato não está dando apoio à categoria, já que eles tentaram formalizar a greve e o sindicato não teria permitido.
Na última segunda-feira, os trabalhadores foram informados pelo proprietário da empresa Rogil de que não há prazo para que os pagamentos sejam efetuados. “Vai ser mantida a paralisação, porque a empresa alega que não tem dinheiro para nos pagar. Depois que pagar, a gente retorna ao trabalho. Estamos reivindicando os salários de meses que já foram trabalhados”, disse um dos motoristas, que não se identificou.

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