Suspeita de matar empresária em Macaé transferida para presídio de Campos
Matheus Berriel 22/11/2017 13:58 - Atualizado em 23/11/2017 16:57
Islay Cristina Pereira
Islay Cristina Pereira / Reprodução
Está presa desde a noite da última terça-feira (21), no Presídio Nilza da Silva Santos, em Campos, a acusada de ter matado a empresária Raquel Melo, de 39 anos, durante uma briga de trânsito no último sábado (18), em Macaé. A prisão de Islay Cristina Pereira foi decretada pelo juiz Wycliffe de Melo Couto, da 1ª Vara Criminal de Macaé, acatando o pedido do Ministério Público.
De acordo com o inquérito policial, conforme divulgado pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (PJERJ), Islay perseguiu Raquel até seu condomínio, depois da discussão, e a atacou com um estilete.
Na manhã de terça, como divulgado em primeira mão pela Folha 1, o comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Marco Vollme, afirmou que a suspeita havia se apresentado na 123ª Delegacia Policial (Macaé), onde o caso está sendo investigado, acompanhada por um advogado. A informação foi negada pela 123ª DP, através da assessoria de comunicação da Polícia Civil. Nessa terça, ao divulgar a apresentação de Islay à Polícia Civil, sem esclarecer o momento em que aconteceu, o PJERJ informou que, na ocasião, a suspeita disse ter agido em legítima defesa. Entretanto, o porteiro do condomínio afirmou que foi Islay quem agrediu primeiro a vítima.
Na decisão, o juiz Wycliffe de Melo Couto destacou a gravidade dos fatos e a preservação da segurança de testemunhas durante as investigações para determinar a prisão temporária da acusada.
— Note-se que diante dos diversos fatos narrados em sede policial, atentando-se à forma de atuação narrada, é nítida a alta periculosidade da acusada e patente a necessidade da prisão para o perfeito desenrolar das investigações — avaliou Wycliffe.
Islay Cristina Pereira é natural de Fortaleza, no Ceará, e foi funcionária da Câmara Municipal de Macaé, deixando de prestar serviços na Casa no dia 31 de dezembro de 2016. O órgão, por meio de nota, informou que “se solidariza com os familiares e amigos da vítima”. Em sua cidade e também no Rio de Janeiro, segundo a polícia, a suspeita já teria respondido a outros processos criminais, um deles, o de Fortaleza, em trâmite na 4ª Vara do Tribunal do Júri, que julga crimes contra a vida. A ação seria por lesão corporal contra outra mulher. Já na Justiça do Rio, ela assinou um termo circunstanciado após responder processo por exercício arbitrário das próprias razões (justiça com as próprias mãos). O caso também ocorreu em Macaé.
Raquel Melo
Raquel Melo / Reprodução - Facebook

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