A emoção de salvar vidas é o sentimento da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), do Hospital Público de Macaé (HPM), toda vez que uma família autoriza a doação. Um procedimento vital, mas que ainda encontra resistência.
De 2008 até hoje, a CIHDOTT, em parceria com o Programa Estadual de Transplante (PET), no HPM, teve sucesso em 18 captações de órgãos e houve outras inúmeras tentativas. A psicóloga voluntária do CIHDOTT, Maria do Carmo Malatesta, explica que os principais empecilhos para a doação são a negação da família, a religião e a patologia.
No processo de doação, a CIHDOTT presta todo atendimento à família. “Mesmo quando existe a negação, quando não há autorização da doação, acompanhamos a família, não a abandonamos”, explica Maria do Carmo, que assiste todo o procedimento com a voluntária da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Denise Neto.
Quando acontece a morte cerebral, é identificado um doador em potencial, comunica-se ao PET e então abre-se um protocolo. São feitos três exames, testes de reflexos, caso haja alguma mudança no provável doador, o protocolo é encerrado.
Quando a morte cerebral é confirmada, é feita a abordagem à família, um processo que precisa ser rápido e cuidadoso, pois existe a chance de salvar vidas e ao mesmo tempo está sendo tratada a perda de uma. Atualmente não existe mais a doação presumida, ou seja, hoje somente com a autorização da família o procedimento pode será realizado. (A.N.)