No mês em que a tragédia com o avião da Chapecoense, que matou 71 pessoas, na Colômbia, completa um ano, os três jogadores sobreviventes demonstraram solidariedade ao campista Pedro Lorenzo, conterrâneo de Bruno Rangel, maior artilheiro da história do clube catarinense, que foi uma das vítimas. Jackson Follmann, Neto e Alan Ruschel doaram uma camisa autografada para ser leiloada em prol do menino de cinco anos, que segue em sua luta contra a Amiotrofia Muscular Espinhal (AME) do tipo II.

Na última segunda-feira (06), foi divulgado no perfil do Facebook de Pedro Lorenzo um vídeo com os jogadores anunciando o presente e desejando força ao menino. “A camiseta autografada é uma pequena homenagem de nós, da Chapecoense, que sobrevivemos, para o Pedro”, disse o ex-goleiro Jackson Follman, que teve parte de sua perna direita amputada e precisou deixar os gramados.

Ainda se recuperando para voltar a jogar, o zagueiro Neto, fez um apelo para campanha orçada em cerca de R$ 3 milhões na fase inicial. “Alô, galera de Campos. Quem puder colaborar com a causa nobre, para ajudar o próximo, toda ajuda é bem-vinda. Deus abençoe a todos”, falou.

O lateral-esquerdo Alan Ruschel também deixou sua mensagem. “Essa camisa é para o Pedrinho. Estamos na torcida e nas orações por ti, e esse é um presente para você”, disse o jogador, que voltou a atuar pela Chape em agosto.

De acordo com a mãe de Pedro Lorenzo, Kelly Azeredo, o único medicamento disponível para tratamento, o “Spinraza”, é fabricado nos Estados Unidos, e cada dose custa US$ 175 mil. No primeiro ano, Pedro precisa de seis doses. Até agora, não tomou nenhuma, pois só é possível importar quatro ou mais, e a verba arrecadada ainda está longe de ser suficiente.

Os interessados em concorrerem à camisa autografada da Chapecoense e, consequentemente, ajudarem na campanha, que conta com apoio do Grupo Folha, devem dar seus lances nos comentários da publicação no facebook de Pedro Lorenzo. O resultado sairá no próximo dia 20, divulgado nas redes sociais do menino.