Um dos clubes do interior do Brasil que mais colecionou conquistas ao longo de sua trajetória, o Americano prepara um centro de memória visando preservar sua história. Enquanto o novo estádio alvinegro, em Guarus, não fica pronto, a diretoria idealiza um espaço para guardar não só os troféus, mas também camisas históricas e outros bens que hoje estão de posse da família de ex-jogadores e pesquisadores, símbolos que remetem às principais conquistas alvinegras ao longo de 103 anos de história.
Com as obras do estádio, o clube ainda não dispõe de um local para guardar este patrimônio. Então, o presidente Carlos Abreu teve a ideia de levá-lo para a sua residência, onde os troféus passaram por cuidados especiais de torcedores.
— Os troféus ficavam expostos no Godofredo Cruz e desde então estavam sem os devidos cuidados. Agora, ver torcedores limpando estes troféus, entre eles crianças, nos deixou emocionados, pois a partir desse gesto eles passam a conhecer a história do clube e a amá-lo ainda mais—, disse Abreu ao site do clube.
Entre as relíquias, o clube busca recuperar matérias e imagens sobre o eneacampeonato campista, façanha inédita na história do futebol profissional no país.
— Nenhum outro clube tem essa proeza na história do futebol profissional, apenas o Celtic de Glasgow, dez vezes campeão escocês— disse o jornalista Péris Ribeiro.
Entre os troféus que receberam cuidados especiais dos torcedores estavam o do eneacampeonato, do Campeonato Brasileiro de 1987, da Taça Guanabara de 2002 e da Taça Corcovado de 2015. (A.N.)