Enquanto Goytacaz, Americano e Campos Atlético representam a planície goitacá nas três principais divisões do futebol estadual, o tradicional Clube Esportivo Rio Branco vive um dos piores períodos de sua história. O carcará completa 105 anos neste domingo (5), mas não há muito o que comemorar. Nesta semana, o Róseo-Negro e outras 18 equipes foram notificadas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) sobre a possibilidade de desfiliação por inatividade. A última competição oficial disputada pelo time campista foi a Série B do Estadual em 2012, quando ficou na 12ª colocação e pediu licença por falta de recursos financeiros.

Clube que revelou um dos maiores gênios do futebol brasileiro, Didi, o inventor da “folha seca”, o Rio Branco chegou a ser campeão fluminense (antes da fusão com a Guanabara, a cidade do Rio de Janeiro), em 1961. A equipe também conquistou o título do Campeonato Campista em oito oportunidades, sendo a última em 1962. Agora, o presidente Edson Reis quer lutar nos tribunais contra a desfiliação da Ferj.

— A Federação mandou o expediente e eu já entreguei para o departamento jurídico para recorrermos. O advogado vai entrar com ação na segunda-feira (6), para recorrer da decisão (de possível desfiliação). Nós estamos a mais de dois anos sem jogar e eles alegam que os clubes que estão nessa situação, eles podem desfiliar. Cabe a nós justificar porque estamos sem disputar e encaminhar para o departamento jurídico da Federação para ser analisado — disse o presidente ao site Esporte Campos.

Além do Rio Branco, outros clubes da região estão na mesma situação, entre eles, Cardoso Moreira e Quissamã, que disputaram a primeira divisão do futebol estadual em 2008 e 2013, respectivamente, além do Aperibeense e do Rio das Ostras.