O superintendente de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso, enviou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), relatório sobre a situação das comportas de alguns canais da Baixada Campista. Quando estão em condições normais de funcionamento e devidamente operadas, elas permitem o manejo de água do rio Paraíba do Sul para as propriedades rurais da região, além de controlar os níveis de mananciais e cursos de água, como lagoas e rios da região.

— É importante termos as comportas em boas condições, pois tanto nos meses de seca, quanto nos períodos de cheia do rio Paraíba, precisamos ter como controlar a entrada de água nos canais. No Canal Coqueiro, duas das quatro comportas estão emperradas. No Cambaíba, uma das quatro também não está funcionando. E no São Bento, onde as duas estavam emperradas, fizemos recentemente a abertura, mas elas precisam de manutenção — afirmou o superintendente Nildo Cardoso.

Segundo Nildo, no São Bento, em que grande extensão separa Campos (localidades de Baltazar, São Bento, Marrecas e Babosa) do município de São João da Barra (Barra do Jacaré, Cazumbá e Quixaba), o longo na parte inicial que já passou por limpeza nas últimas semanas está recebendo grande quantidade de água após a elevação do nível do rio Paraíba nos últimos dias. Por isso é necessário ter as comportas em perfeitas condições de funcionamento, caso o rio encha demais e ameace inundar propriedades.

— É importante termos como controlar essa vazão. Não apenas nesses três canais, mas em outros, por exemplo, que recebem água da Lagoa Feia, que pode encher demais dependendo do volume de água vindo dos rios da região do Imbé, através da Lagoa de Cima pelo rio Ururaí — completou Nildo, que desde o início do ano recebe apoio da secretaria estadual do Ambiente, para a limpeza de diversos canais que levam água para a Baixada.

Ao mesmo tempo em que segue a dragagem no São Bento, outra máquina continua com a limpeza no Canal Caxexo, para beneficiar produtores rurais de comunidades entre as localidades de São Martinho e Retiro. Mais de três dos nove quilômetros do canal já foram dragados, mas a força da água, após a retirada da vegetação, garante o fluxo em trechos de propriedades mais à frente, que ainda não foram limpos, esclarece o superintendente. (A.N.)