O prefeito Rafael Diniz (PPS) e o secretário municipal de Gestão Pública, André de Oliveira, expuseram, nesta quinta-feira (26), aos servidores municipais, o rombo herdado nas contas do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Campos (PreviCampos). A ação aconteceu no auditório da Prefeitura durante uma reunião aberta do Conselho Deliberativo do PreviCampos junto aos servidores dentro da programação da Semana do Servidor. Além de auditoria interna, o Instituto também é alvo de outras duas análises do Ministério da Previdência Social que ainda não foram concluídas.
— Eles rasgaram dinheiro em títulos podres de uma forma inadmissível, mas para fazer com que os responsáveis por esses erros respondam por isso é necessário primeiramente “arrumar a casa” e olhar para frente. Nosso objetivo na PreviCampos é rever os investimentos um por um, readequar alguns investimentos e investir de uma forma segura e responsável para garantir o futuro do servidor – declarou o prefeito Rafael Diniz.
O secretário de Gestão informou aos servidores que foi realizada uma auditoria que mostrou um cenário gravíssimo na PreviCampos. “A PreviCampos era para ter um patrimônio de R$ 1 bilhão e 300 milhões, mas em janeiro, haviam R$ 800 milhões em fundos, sem disponibilidade de recursos. Desse valor, R$ 250 milhões estão em investimentos regulares e R$ 537 milhões em fundos de investimentos duvidosos. A movimentação que a antiga gestão da Prefeitura fez com este recurso do servidor, mesmo devendo a PreviCampos foi acintosa. Para se ter uma ideia, nos últimos seis meses do governo passado, eles retiraram valores de investimentos seguros para aplicar em fundo de investimentos duvidosos sem consultar ninguém. No máximo, só poderiam adquirir 25% desses fundos, mas existem registros em que a PreviCampos possui quase 100%, foram investimentos fora do enquadramento”, explicou o secretário.
No último domingo, a Folha da Manhã mostrou o histórico polêmico do ex-governador Anthony Garotinho com fundos previdenciários, que incluem a Caixa de Assistência e Previdência de Campos (Caprev) no seu primeiro governo municipal, além do Fundo de Pensão da Cedae (Prece), onde o doleiro Lúcio Funaro apontou, em delação premiada, que Garotinho e a esposa Rosinha operavam desvios. (A.S.) (A.N.)