Mais um capítulo na conturbada defesa do ex-governador Anthony Garotinho (PR) na Chequinho. Depois das inúmeras trocas de advogados antes da sentença, em manobras consideradas pelo juiz Ralph Manhães como “procrastinatórias”, o advogado Carlos Eduardo Ferraz deixou oficialmente a defesa do ex-secretário de governo pela segunda vez no curso do processo.
Ferraz, que também é procurador-geral do município de São Fidélis, que tem como prefeito Amarildo do Hospital (PR), protocolou a renúncia ontem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ao lado de Thiago Godoy, ele chegou a acompanhar o julgamento do habeas corpus que liberou Garotinho da prisão domiciliar no Tribunal Superior Eleitoral.
O primeiro advogado a ser destituído foi o escritório de Fernando Fernandes, depois o de Rafael Farias. O ex-governador chegou a destituir e proibir outros advogados, Thiago Godoy e o próprio Carlos Eduardo Ferraz de apresentarem as alegações finais, passo necessário para a sentença. Isso levou o juiz Ralph Manhães a nomear dois advogados dativos. O primeiro deles Amyr Moussallem, que desistiu do caso, e, posteriormente, Antônio Carlos Guzzo.
Godoy e Ferraz foram renomeados depois, junto com Carlos Fernando dos Santos Azeredo, advogado que assumiu o caso no início de setembro, pouco antes da condenação e prisão de Garotinho. (A.S.) (S.M.)