Com a chegada do verão, o trânsito na principal via de acesso ao município de São João da Barra, a BR 356, tem um considerável aumento, o que contribui para engarrafamentos e possível aumento de acidentes. Para dar mais fluidez ao trânsito e aumentar a segurança na rodovia federal, a prefeita Carla Machado (PP) tem buscado os órgãos federais competentes para a realização da obra de duplicação da via. As solicitações ainda não tiveram resposta. Não é de hoje que a duplicação da BR 356, no trecho que liga Campos a São João da Barra, é debatida.
Segundo Carla Machado, há no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em andamento, o estudo de viabilidade econômica e ambiental para a duplicação da BR 356/RJ e, na semana passada, ela foi ao Dnit para solicitar a verificação da possibilidade de contratação de projeto ou anteprojeto para duplicação do trecho que liga Campos a SJB. “O fluxo aumentou muito na BR 356 nos últimos anos em razão do desenvolvimento de São João da Barra e da instalação do Porto. Isso aumenta, também, os riscos de acidente e precisamos ter uma rodovia que ofereça comodidade e segurança aos usuários. A duplicação, portanto, se faz necessária, assim como a implantação do corredor logístico para atender ao Porto e desafogar a BR 356”, destacou a prefeita.
A duplicação da BR 356 voltou a ganhar destaque a partir de 2017. Em julho deste ano, Carla chegou a receber o presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes, e o vice-presidente da Comissão, Julio Lopes, para discutir o assunto. Na ocasião, Altineu destacou a importância da unidade política e trabalho forte para tirar do papel o projeto de duplicação.
Câmara Municipal fez pedido em 2015
Em setembro de 2015, o então vereador Jonas Gomes chegou a solicitar baseada no aumento de tráfego de veículos e o funcionamento do Porto do Açu. Na ocasião, o Dnit informou que sua prioridade na rodovia era uma obra em curso naquele ano.
Em 2015, o Dnit respondeu que, devido à estiagem deste ano e ao crescente aumento de veículos pesados, ocorreram danos em 19 pontos distintos da na rodovia e que, por isso, foram priorizados serviços emergenciais de recuperação desses pontos. Informou, ainda, que a equipe técnica promoverá estudos necessários para definir a viabilidade técnica, econômica e ambiental da duplicação da BR 356.
Jonas Gomes não foi o único vereador a solicitar a obra na rodovia. Antes dele, em 2013, o pedido partiu do vereador Alex Firme.
Para justificar o pedido ao Dnit, os vereadores argumentaram que é grande volume de veículos na BR 356, sentido Campos e São João da Barra. À época, Jonas deu algumas alternativas, visando principalmente desafogar o trecho com intenso tráfego de veículos de carga, devido ao Porto do Açu.
Na última quarta-feira, em nota, a assessoria de imprensa do Dnit informou que “na autarquia, não há ainda proposta de duplicação (estudos de viabilidade ou projetos) por meios recursos públicos, do segmento em questão”.
PRF prevê fim dos engarrafamentos
Para o chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Campos, Wheber Boroto, a duplicação da BR 356 irá acabar com o problema de engarrafamentos na pista e aumentará a segurança no trajeto de acesso a São João da Barra.
— É corriqueiro aumentar, no verão, o número de veículos que trafegam na BR 356, que é uma via com algumas curvas sinuosas e trechos estreitos. Então, a duplicação vai trazer mais segurança porque irá contribuir para a diminuição de acidentes — destacou Boroto.
O chefe da PRF chegou a disponibilizar dados estatísticos de acidentes na BR-356 para que a prefeita Carla Machado pudesse mostrar em Brasília a realidade do município e a importância da obra de duplicação da BR-356.
Na última terça-feira foi inaugurada a base de apoio da PRF, na altura da localidade de Cajueiro, à margem da BR 356. Boroto destacou que, quando existe parceria, fica mais fácil alcançar a resolutividade das ações. “A iniciativa da prefeitura em disponibilizar esta unidade de apoio e de atuação de fiscalização tem objetivo de reduzir a quantidade de acidentes e a criminalidade”, disse.