"Choro na Villa" e pela Villa Maria
Jane Ribeiro 28/10/2017 17:58 - Atualizado em 01/11/2017 17:04
Paulo Pinheiro
Desde outubro de 2015 sem receber verbas de custeio e manutenção, estimada em R$ 2 milhões/mês, a Universidade Estadual do Norte Fluminesne (Uenf), que hoje abriga 6,2 mil alunos, tem feito de tudo para continuar em pé. A crise vai além dos portões da universidade e também afeta a Casa de Cultura Villa Maria que vem realizando inúmeras atividades culturais para arrecadar verba para a manutenção da casa. Neste sábado (28), foi realizado mais um “Choro na Villa”. Desta vez, o propósito foi vender camisas de apoio as atividades culturais. A campanha colaborativa em favor da Casa de Cultura teve o apoio do Grupo Folha da Manhã. Em meio à greve que já dura 88 dias, mais uma paralisação aconteceu, na última quarta-feira, na universidade. Alunos residentes do hospital veterinário se reuniram em um protesto contra a falta de verba e de materiais.
Segundo o reitor Luis Passoni, a idéia vem de encontro a outras campanhas já feitas para não deixar que as portas se fechem. “Estamos numa situação de que se não tivermos ajuda financeira vamos ter que parar com alguns setores. Por isso, as campanhas são muito bem vindas, apesar de atender momentaneamente a situação. A Casa de Cultura é antiga e precisa de manutenção diária. O evento foi uma boa idéia e vai ajudar muito”, disse o reitor.
O show com o grupo Afluentes teve início às 16h e pôde levar momentos de descontração unindo ítens como boa música, cervejas artesanais, drinques e gastronomia variada, aos jardins da Casa de Cultura Villa Maria.
Crise — Na última quarta-feira (25), alunos residentes do hospital veterinário se reuniram em um protesto contra a falta de verba e de materiais, além do acúmulo de função devido à ausência dos técnicos da universidade. O ato foi realizado com o objetivo de alertar a sociedade e os membros da Uenf sobre a situação em que se encontra o setor.
Estudantes contaram que, desde o início da greve, estão passando por dificuldades para dar conta da demanda do hospital. Segundo o grupo, diversos procedimentos de cirurgia e clínica médica não estão sendo feitos por problemas internos. Eles afirmaram estar sofrendo pressão administrativa por não conseguirem dar conta de tudo.
Diante da falta de recursos a universidade tem sido também alvo de bandidos. Vários assaltos e arrombamentos foram contabilizados desde que a crise foi instalada da Uenf.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS