A segunda e terceira rodadas do leilão de oito áreas de exploração de petróleo, realizado nessa sexta-feira pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), tiveram como resultados: R$ 6,15 bilhões arrecadados e 75% das áreas arrematadas. As ofertas foram elevadas, principalmente por parte da Petrobras. A estatal arrematou 50% do bloco Alto de Cabo Frio Central, na Bacia de Campos. Os outros 50% serão administrados pela empresa BP Energia. O bloco também recebeu ofertas da Shell Brasil, QPI Brasil e CNOOC Petroleum. Os dois leilões foram feitos sob o regime de partilha: venceu quem ofereceu o maior lucro para a União, em petróleo.
Para o Sistema Firjan, os leilões “não só confirmaram o início de um novo ciclo de investimentos, como também reforçaram a disposição do governo brasileiro com o cumprimento do calendário regular de leilões”.
“O calendário regular de licitações até 2019, com oferta permanente de áreas de exploração e um planejamento para o próximo biênio, também deve ser expandido até o ano de 2021, garantindo a permanência dessa importante conquista para a sociedade brasileira. O mercado de petróleo representa mais de 30% do PIB fluminense, e tem potencial para alavancar o PIB industrial do estado. Aqui se concentram a produção e as reservas, em um percentual acima de 70%. Portanto, nada mais natural, quando se busca eficiência e redução de custos, que o Rio lidere um novo ciclo de oportunidades para o Brasil”, diz outro trecho da nota da Firjan.
De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, o bloco Sudoeste da Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, que não recebeu ofertas, vai permanecer no domínio da União, que ainda decidirá se vai ofertar novamente ou não.
— Mesmo com a falta de ofertas para o bloco Tartaruga, na Bacia de Campos, e, também, para o bloco Pau Brasil, na Bacia de Santos, teremos um nível de arrecadação muito maior do que o esperado. As alíquotas nos surpreenderam e isso significa mais investimento em saúde e educação no Brasil, que voltará a ser uma das capitais mundiais do petróleo — destacou Oddone.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, destacou que o sucesso do leilão faz com que o Brasil volte para a rota de óleo e gás. “Empresas que não estavam no Brasil voltaram e fizeram suas apostas. Isso significa a confiança que eles têm no Brasil. Além disso, o índice de óleo lucro veio muito acima do esperado, cerca de 80%, o que compensou o fato de duas áreas não terem sido arrematas”, pontuou Fernando.
A disputa começou com mais de duas horas de atraso por causa de uma liminar de um juiz da 3ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas que suspendia a realização do evento. A liminar, no entanto, foi derrubada por decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Hilton Queiroz, após recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), em nome da Agência Nacional do Petróleo (ANP). (D.P.P.) (A.N.)