Há limite legal ao “quanto pior, melhor” em Campos? Na segunda (04), a reboque da greve do servidor convocada por um Siprosep pressionado pelo receio de perder o poder para sua oposição interna, a cidade teve uma pequena mostra: coleta de lixo da Vital e ônibus parados até o final da tarde, além das ambulâncias da Prime circulando só com 30% da frota. Agora, num grupo de WhatsApp intitulado “Oposição ao Rafael Diniz”, perfis fake se organizam para tentar coagir e ameaçar fisicamente o prefeito no desfile cívico de 7 de setembro. Nas redes sociais já circulam gravações de áudio pregando: “o Rafael Diniz merece um tiro na cabeça”.
Nova fase: terrorismo
Para quem tem memória ruim, convém lembrar das campanhas fracassadas por quem perdeu a eleitoral, em todas as sete Zonas de Campos, no 1º turno de outubro passado. Primeiro, as eleições a prefeito de Campos seriam anuladas em maio. Depois, o governo municipal não teria dinheiro para pagar o servidor — o que realmente aconteceria se não fossem revertidos na Justiça os termos pactuados pelos Garotinho na “venda do futuro”. Agora, aproveitando o descontentamento inevitável com os ajustes necessários para se pagar uma dívida de R$ 2,4 bilhões deixados pelos oito anos de gestão Rosinha, o método empregado é o terrorismo.
Descontentamento
Por certo, não se pode generalizar. Há quem simplesmente não tenha votado em Rafael — embora minoria, não são poucos: mais de 141 mil campistas. Há quem tenha votado e, diante do contraste entre promessas de campanha e prática, se arrependido. Há o servidor que, independente do voto, briga pelo que entende ser seu direito. Há as empresas que prestam serviço à Prefeitura, cujos donos nem votam em Campos, mas também brigam pelo bolso. Há os do contra e aqueles que perderam a boquinha, própria ou de alguém próximo. Há até motoristas de vans e lotadas que param a cidade para não ser suas ilegalidades fiscalizadas.
Reação
Independente do motivo, qualquer um pode ser contrário a qualquer governo. O que não se pode, pelo menos não se deve, é ser contra a cidade. Sobretudo quando essa (o)posição confere vaga na massa de manobra política de quem jogou esta mesma cidade na situação complicada na qual se encontra — talvez a mais difícil da sua história recente. Ao governo, por óbvio, cabe reagir politicamente, na Câmara Municipal e por um secretariado preso demais ao perfil técnico. Já contra o clima de terrorismo que se tenta implantar, a obrigação de reação é de todo o cidadão. Se o limite moral ficou para trás, quem lá o deixou deve temer o da lei.
Futuro em jogo
A expectativa é que as finanças do Estado do Rio entrem nos trilhos. O futuro político do Estado também está em jogo, segundo o governador Luiz Fernando Pezão que assinou ontem em Brasília, com o presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, a homologação da adesão do Estado do Rio de Janeiro ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O governador fala em “ajuste duro”, necessário e mais importante para o seu sucessor no cargo.
Petiscos no Farol
O setor gastronômico da praia de Farol de São Thomé está pronto para a realização do 5° Festival de Petiscos. O evento começa amanhã e será realizado ainda nos dias 8, 9, 10, 15, 16 e 17, a partir do meio-dia, em frente à área da Marinha. Na área cultural, 20 bandas foram convidadas. Os pratos serão vendidos ao preço único de R$ 15. A iniciativa segue a proposta da atual gestão de manter o Farol movimentado o ano todo. O evento é organizado pela Associação dos Hoteleiros e Comerciantes da praia e tem patrocínio da iniciativa privada.
Ponto facultativo
Na sexta-feira, 8 de setembro, dia seguinte ao feriado de 7 de Setembro, Independência do Brasil, será ponto facultativo nas repartições públicas municipais de Campos. A decisão do prefeito Rafael Diniz foi publicada no Diário Oficial do Município, sob o Decreto 175/2017. A medida prevê ainda o funcionamento, sem prejuízo, dos serviços essenciais, como plantões médico-hospitalares e as Unidades Básicas de Saúde.