O pastor Éber Silva (PR) deu mais um passo na tentativa de assumir a cadeira na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) ocupada por Gil Vianna (PSB). É que o Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao recurso para determinar o prosseguimento do mandado de segurança que move contra o ato administrativo da Alerj que empossou Gil. A informação é do blog de Saulo Pessanha, hospedado no Folha1.

Ex-vereador, Gil assumiu a cadeira na Alerj em fevereiro deste ano, a partir da saída de Jair Bittencourt para comandar a secretaria estadual de Agricultura. Mas Eber reivindicou a vaga, alegando infidelidade partidária de Gil, já que ele trocara o PR pela legenda socialista.

Gil Vianna deixou o PR em 2016 para disputar a prefeitura, como candidato a vice de Caio Vianna (PDT). Os dois encabeçaram a aliança PDT- PSB na sucessão de Rosinha (PR). Dois anos antes, o então vereador buscou um mandato na Alerj abrigado no partido liderado por Garotinho.

Quando deixou o PR, Gil disse que vinha tendo problemas no partido. “A minha situação é parecida com a de Geraldo Pudim (PMDB), que deixou o PR antes da janela. Se o Pastor Éber vai questionar, isso cabe a ele”, frisou Gil, na época.

Nessa sexta-feira (29), Gil afirmou que Éber está fazendo a parte dele, recorrendo à Justiça e ele próprio, Gil, também está fazendo, através de seus advogados: “Estou à frente dele. Fui legitimado pelo voto da população”, disse.

Éber Silva, que é pastor da Segunda Igreja Batista de Campos, ficou na suplência do PR na eleição para a Alerj em 2014. Ele não questionou a troca que Pudim fez. Mas a de Gil, sim. A Folha não conseguiu falar com Éber.