Com sentença perto, Garotinho perde outra no TRE contra juiz
Aldir Sales 13/09/2017 09:35 - Atualizado em 13/09/2017 18:09
Garotinho e Rosinha
Garotinho e Rosinha / Folha da Manhã
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou um pedido de exceção feito pelo casal Garotinho contra o juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral (ZE), responsável pelos julgamentos das ações penais relacionadas à operação Chequinho, que investiga um esquema de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. A notícia foi publicada pela jornalista Suzy Monteiro no blog Na Curva do Rio, hospedado no Folha1. Esta é mais uma tentativa dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho de tentar afastar o magistrado do caso, o que já foi rejeitado por decisões anteriores da 100ª ZE, do próprio TRE e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação foi proposta pelo casal de ex-prefeitos de Campos em outubro do ano passado, pouco tempo após a prisão de Garotinho. Enquanto isso, a sentença do ex-governador, apontado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como líder do “escandaloso esquema”, está mais próxima. Na última quarta-feira(6), a defesa dele entregou as alegações finais e agora o processo está nas mãos de Manhães para uma decisão final.
O ex-secretário de Governo de Campos vem colecionando derrotas nos tribunais. Na última semana, a desembargadora Cristina Serra Feijó, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), rejeitou o habeas corpus de Anthony Garotinho, que pretendia a suspensão da ação penal em que é réu até o julgamento do pedido de exceção do juiz. Cristina Feijó ainda afirmou que “o comportamento do impetrante (Garotinho) evidencia a intenção de impedir, a todo custo, que o magistrado profira a sentença”.
O atual advogado de Garotinho, Carlos Fernando dos Santos Azeredo, é o sétimo a representá-lo no processo, entre outros quatro destituídos pelo réu e dois dativos nomeados por Ralph Manhães com o objetivo de dar andamento ao processo, mesmo com a estratégia do ex-governador de demitir seus defensores com intenção de atrasar a ação.
Outra ação penal que está na reta final é a que envolve os vereadores Ozéias (PSDB) e Miguelito (PSL), além da ex-secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e da ex-diretora do Programa Cheque Cidadão, e Gisele Koch. Na última segunda-feira, Ralph Manhães estabeleceu prazo de cinco dias ao MPE e, em seguida, a defesa pelo mesmo período para apresentação de alegações finais, o que deve acontecer até a próxima semana. Ontem, os autos do processo já foram encaminhados ao Ministério Público para vistas.
Já os também vereadores Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Thiago Virgílio (PTC) e Jorge Rangel (PTB), que também estão com suas ações penais avançadas na Justiça Eleitoral, pediram ao TSE o trancamento da ação penal em que são réus, mas o ministro Tarcísio Vieira negou o recurso durante a última semana. (A.S.)

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