O Tribunal de Contas do Estado (TCE) anunciou que vai reforçar a equipe de auditores para atuar no combate à corrupção no governo estadual e nas prefeituras. Atualmente, o trabalho é feito por apenas 20% da equipe de Controle Externo, que atua também em outras áreas, como na análise da prestação de contas. Apesar do baixo percentual, esses 20% são responsáveis por descobrir 80% dos casos em que houve desvio de verba.

O TCE diz que mais servidores do Controle Externo serão direcionados à área de auditoria e que acaba de criar o Indicador de Risco de Irregularidades (Iris), uma espécie de bússola que norteará a atuação desses profissionais.

Desde a delação do ex-presidente Jonas Lopes de Carvalho e da prisão de cinco dos sete conselheiros durante a operação Quinto do Ouro, a Corte tenta implementar medidas de transparência em suas ações.

Em sua delação, Jonas Lopes afirmou que os conselheiros recebiam propina para ignorar irregularidades em gestões municipais. Lopes disse que o suposto esquema causou problemas entre os conselheiros. Um desses casos envolveu um acordo que teria sido firmado com Riverton Mussi, prefeito de Macaé de 2005 a 2013 pelo PMDB, e candidato a vereador pelo PDT no ano passado. O delator contou que, após assumir a presidência do TCE, em 2013, foi procurado por Mussi, que teria dito que, apesar de um “acerto” com os conselheiros, quando ainda estava no cargo, estaria “apanhando muito do tribunal”. Mussi teria dito a Lopes que o acordo fora combinado com o conselheiro José Maurício Nolasco. (A.N.) (A.S.)