Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, na tarde dessa quarta-feira (6), o ex-ministro Antonio Palocci incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ação sobre propinas da Odebrecht. Nesta ação, Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a Odebrecht e a Petrobras. Também nessa quarta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff por obstrução da Justiça, no episódio da nomeação de Lula como ministro, em 2016.
Segundo os advogados de Palloci, o ex-presidente teria recebido R$ 4 milhões em espécie da empreiteira, além de citar uma propina no valor de R$ 300 milhões para o PT.
— No jantar ocorrido no apartamento do presidente Lula, em que participaram todas essas pessoas, o ex-ministro Palocci os convenceu e os dissuadiu no sentido de que essa operação era escandalosa e que poderia expor demais essa situação. Ficou clara toda a participação do ex-presidente Lula — afirmou o advogado Adriano Bretas, que defende Palocci.
Ele confessou ter praticados crimes na Petrobras. Ouvido como réu em um processo criminal da Operação Lava Jato. Durante duas horas, Palocci afirmou que está negociando um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato, mas que colaboraria com a Justiça de forma espontânea. Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula, e da Casa Civil enquanto Dilma estava no poder. (S.M.) (A.N.)