A Prefeitura de São João da Barra, por meio da Defesa Civil e da secretaria de Meio Ambiente, determinou nesta quarta-feira (6) a retirada dos sacos de areia usados de forma paliativa, desde maio, na rua Minervina da Silva Pereira, na Baixada, em Atafona. A medida foi solicitada por alguns proprietários de frigoríficos, como forma de facilitar o acesso aos estabelecimentos pela praia que se formou onde antes era área navegável do Paraíba. Depois de constantes investidas, o mar apresentou um considerável recuo na região da foz do Paraíba do Sul, apesar de dois alertas de ressaca no período entre julho e agosto.
— Devido ao afastamento do mar na foz do rio, essa contenção paliativa não tem mais utilidade. Essa avaliação foi feita pela Defesa Civil e pela secretaria de Meio Ambiente. Com a maré baixa, fica em torno de 15 a 20 metros a distância do mar para a área da barricada. Já com a maré cheia, a distância é de oito a 10 metros. Atendendo a pedido de moradores e donos dos frigoríficos, estamos retirando os sacos e as barricadas de areia. Com os fortes ventos de agosto e setembro, a areia estava sendo arrastada para a rua, frigoríficos e residências. Se houver necessidade, a gente volta a fazer essa contenção — informou Adriano Assis, coordenador da Defesa Civil de SJB.
Ao mesmo tempo em que retira os sacos de areia, a Prefeitura aguarda o andamento do licenciamento para dragagem do canal de navegação e do licenciamento para contenção do avanço do mar e recuperação da orla de Atafona.
A prefeita Carla Machado (PP), nos últimos meses, tem mantido diálogo com deputados federais e estaduais com intuito de conseguir emendas que possam viabilizar a realização da obra, com estudo já realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), em Atafona. Além disso, ela decretou situação de emergência, ainda não reconhecida por outras esferas de poder. Mas, se houver reconhecimento, trará aporte financeiro por meio do ministério da Integração Nacional. (A.N.)