Vinte e nove pessoas foram hospitalizadas nesta sexta-feira (15) com ferimentos causados pela explosão de um artefato em um trem do metrô de Londres. Vários passageiros sofreram queimaduras e cortes, informaram os serviços de emergência. O Estado Islâmico reivindicou o atentado por meio de sua agência de propaganda Amaq.
A explosão, seguida de incêndio, foi provocada por um recipiente branco que estava dentro de uma bolsa de supermercado, no vagão de um trem com capacidade para 865 passageiros.
O fato ocorreu na estação de Parsons Green, no trecho externo da linha District Line, que foi suspensa parcialmente, entre as estações de Wimbledon e Earls Court. A polícia disse que trata o ocorrido como um "incidente terrorista", que provocou uma "bola de fogo" em um trem repleto de passageiros.
A polícia britânica iniciou uma ampla operação de busca pelo responsável ou responsáveis pelo atentado. Investigadores da Scotland Yard (a Polícia Metropolitana de Londres) estão examinando imagens do circuito de televisão do metrô londrino para determinar por onde entrou e saiu o autor deste ataque terrorista. A operação busca quem levou o artefato até o vagão e se este foi detonado pessoalmente ou por controle remoto.
O artefato usado neste atentado terrorista será examinado por especialistas, que esperam encontrar pistas sobre os responsáveis assim que determinarem o método de fabricação, os produtos químicos e o tipo de detonador.
Os meios de comunicação locais informam que a bomba de fabricação de caseira não chegou a explodir completamente, o que também poderia fornecer informação adicional aos especialistas.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, presidiu uma reunião do comitê de emergência Cobra, formado pelos principais ministros do governo e informou que o Reino Unido mantém o alerta terrorista no nível "grave", o quarto em uma escala de cinco, após o atentado.
A chefe de governo apontou que o nível de ameaça atual significa que um novo ataque terrorista é "altamente provável", mas não elevou o alerta ao último degrau, que prevê novos atentados de forma "iminente".
May indicou que o artefato caseiro que provocou uma explosão em um vagão de metro na estação de Parsons Green na primeira hora da manhã "tinha como objetivo causar um grande dano", e pediu aos cidadãos que se mantenham "alertas" no transporte público da capital britânica.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, condenou o atentado e assegurou que “a nossa cidade condena inteiramente esses indivíduos que tentam usar o terror para nos fazer dano e destroçar nossa forma de vida. Como Londres demonstrou uma e outra vez, o terrorismo não nos intimidará nem nos vencerá", declarou o prefeito.
Além disso, o prefeito pediu aos londrinos que "mantenham a calma e permaneçam alertas" enquanto os fatos são esclarecidos.