Paula Vigneron
29/09/2017 15:32 - Atualizado em 02/10/2017 13:12
A Câmara de Vereadores promoveu, na manhã desta sexta-feira (29), uma audiência pública para apresentar o relatório de gestão do segundo quadrimestre de 2017 da secretaria municipal de Saúde. A equipe mostrou, no plenário, dados referentes a consultas e procedimentos médicos dos meses de maio a agosto nas diversas unidades hospitalares da cidade, além dos recursos que serão destinados à área, por meio do Fundo Municipal de Saúde, por deputados e senadores da República.
A abertura foi feita pela secretária Fabiana Catalani. A médica explicou detalhes sobre a produção das unidades próprias e das contratualizadas e volume de investimentos destinados à área. Inicialmente, ela informou que o Plano Municipal de Saúde, até o momento, está atrelado ao plano vigente do quadriênio de 2014 a 2017. “A gente já terminou o plano dos próximos quatro anos, mas eu tenho que seguir esse período do ano de 2017”, informou Fabiana.
Sobre os serviços oferecidos à sociedade campista nos últimos quatro meses, foram contabilizados mais de 166 mil consultas apresentadas, 162 mil consultas aprovadas, mais de 734 mil procedimentos apresentados e 711 mil procedimentos aprovados na atenção básica, que engloba as especialidades obstetrícia, ginecologia, clínica médica e pediatria e procedimentos leves como curativos, nebulizações e medição de IPA. O somatório do que foi aprovado, entre consultas e procedimentos, foi de R$ 726.500. A diferença entre o que é apresentado e aprovado foi explicada pela secretária.
— Isso acontece, basicamente, em função de erros de digitação ou do que mede os profissionais. O sistema, hoje, está ficando cada dia mais “inteligente”. O profissional que não está cadastrado, a sua produção não é lida, entendida como realizada. É como se o profissional não existisse naquela unidade. O que ele realizou, mesmo a gente informando, não passa no sistema, e você não encontra isso como dado.
De média e alta complexidade, foram 179.457 consultas apresentadas, 173.645 consultas aprovadas, 1.473.886 procedimentos apresentados e 1.434.525 procedimentos aprovados. O valor total aprovado foi de R$ 21.392.000. Quanto a internações, o resultado foi de 1.729 no Hospital Ferreira Machado (HFM) e 991 no Hospital Geral de Guarus (HGG), somando R$ 3.675.000. Os atendimentos ambulatoriais foram mais de 111 mil no HFM e mais de 173 mil no HGG, totalizando R$ 3.153.000.
Em relação às UTIs dos hospitais Santa Casa de Misericórdia, Álvaro Alvim, Beneficência Portuguesa, Ferreira Machado e Plantadores de Cana, o total de diárias foi de 7.295, com investimento de R$ 3.612.000 do SUS, sem aporte municipal. A UTI Pediátrica do HFM teve 533 diárias (R$ 374.598). Já a Unidade de Cuidados Intermediários dos Plantadores teve 2.261 diárias e a UTI Neonatal do mesmo hospital totalizou 1410 diárias (R$ 670.686,00). A UTI Neonatal da Beneficência totalizou 694 diárias e a unidade intermediária, 478. “Estes leitos (da Beneficência) são integralmente custeados pelo município. Não tem nenhuma contrapartida federal ainda”, destacou Fabiana.
Novos recursos por emendas parlamentares — Investimentos direcionados à saúde estão em diferentes fases. Parte deles já foi enviada ao Fundo Municipal. Outros estão em processo de aprovação ou proposta favorável aguardando pelo ministério a classificação orçamentária. Elas serão destinadas à compra de materiais hospitalares, equipamentos de informática para a implantação do e-sus e obras de hospitais e unidades básicas de saúde.
Entre os políticos citados, estão o senador Lindbergh Farias e os deputados federais Paulo Feijó, Cristiane Brasil, Hugo Leal e Soraya Santos. “São recursos específicos para determinados fins. Não podemos utilizar o recurso, de forma alguma, para nenhuma outra ação”, pontuou Fabiana.