A reitoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) junto com os docentes e a diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf) estiveram nesta quarta-feira (20) no Rio de Janeiro para a primeira audiência pública que sobre o tema “LOA – Lei Orçamentária Anual da Uenf/ 2018”. O encontro foi com os deputados que fazem parte da Comissão de Educação da Alerj. A ideia é elaborar um plano estratégico que garanta recursos para a universidade, além de, defender a PEC 47 que permite autonomia financeira para a Uenf. Nesta quinta (21), a diretoria da Aduenf se reúne com os professores para nova assembleia, onde será decidido o fim ou não da greve que completa 49 dias quinta-feira.

O reitor da Uenf, Luis Passoni, informou que o orçamento da universidade para 2018 ainda não foi definido. A proposta da reitoria é para que chegue a R$ 180 milhões, mas o caminho segundo Passoni é lento.

— Essa foi a nossa primeira audiência para tratar da nossa preocupação quanto ao valor. Sabemos que a proposta do Governo do Estado será muito aquém do que necessitamos. Esse é um trabalho de formiguinha para conseguirmos apoio do maior número de deputados. Além disso, fomos até os deputados para falar sobre o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº 47, que prevê o pagamento dos duodécimos mensais referentes ao orçamento das Universidades Estaduais (Uenf, Uderj e Uezo). Para nós, a aprovação do projeto será a solução para os problemas financeiros, pois possibilitaria a autonomia financeira da instituição — informou.

O presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), lembrou que, apenas em 2016, o governo deixou de repassar para a universidade R$ 65 milhões. “Esse ano mudamos a dinâmica. Antes fazíamos uma reunião conjunta, mas o quadro fiscal das universidades é tão grave que precisamos ouvi-las separadamente. Queremos priorizar as emendas essenciais para o funcionamento de cada instituição”, justificou o parlamentar.

Assembleia — Em greve desde o último dia 3 de agosto, professores vão estar reunidos para mais uma assembleia nesta quinta-feira, às 15 horas. A greve dos servidores está pautada em três assuntos, o pagamento do salário de agosto e 13º de 2016 (além do parcial de 2017), as condições de funcionamento da universidade, e os casos de insegurança no campus. O Governo do Estado informou que, “todos os servidores do Estado, incluindo a Uenf, que têm salário de até R$ 2.052 líquido, receberam os vencimentos de agosto no dia 15”.

Também nesta quinta, os docentes da Uerj e os servidores da Faetec decidirão, em suas respectivas assembleias, se voltarão a paralisar suas atividades em função do atraso dos salários agosto. Ambas as categorias sequer possuem previsão de pagamento.