A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) está em greve desde o dia 3 de agosto e nesta quinta-feira (21), às 15h, está prevista uma nova assembleia para definir o rumo do movimento. O encontro acontece no auditório do P5, um dia após a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que irá debater as demandas da Uenf a fim de formular emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018. Os servidores reivindicam o pagamento do salário de agosto e 13º de 2016 (além do parcial de 2017), as condições de funcionamento da universidade e a solução da insegurança no campus.

Nesta quarta-feira (20), representantes da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf) vão participar de um ato na Alerj, referente à lei orçamentária. A Comissão de Educação da Alerj vai debater com representantes da Uenf as de-mandas da instituição a fim de formular emendas à LOA 2018 para garantir recursos para a universidade, que ocupa um papel estratégico no ensino superior no Norte do estado. Também participam do encontro os sindicatos de profissio-nais e alunos.

Segundo a presidente da Aduenf, Luciane Silva, a expectativa é de que a greve continue. “Estive hoje (terça-feira) conversando com alguns professores e a revolta pela falta do salário de agosto é muito grande. Vai depender de quan-tas pessoas vão à assembleia para uma definição. Sem salário não há condições de retorno”, informou.

Nesta quinta-feira, os docentes da Uerj e os servidores da Faetec decidirão, em suas respectivas assembleias, se vol-tarão a paralisar suas atividades em função do atraso dos salários de agosto. Ambas as categorias sequer possuem previsão de pagamento.

Em nota, a assessoria de imprensa do Governo do Estado informou que “todos os servidores do Estado, incluindo a Uenf, que têm salário de até R$ 2.052 líquido receberam os vencimentos de agosto no dia 15. Para os demais, o paga-mento depende da arrecadação tributária e a data será divulgada posteriormente”.