Prefeito nega paralisação de hospitais contratualizados
Paula Vigneron 18/09/2017 19:30 - Atualizado em 20/09/2017 14:13
Prefeito desmente boato sobre paralisação de hospitais
Prefeito desmente boato sobre paralisação de hospitais / Rodrigo Silveira
Após boatos sobre a paralisação das atividades dos hospitais contratualizados (Plantadores de Cana, Santa Casa de Misericórdia, Beneficência Portuguesa e Hospital Escola Álvaro Alvim), o prefeito de Campos, Rafael Diniz, junto a representantes das unidades hospitalares em coletiva de imprensa, negou os comentários que circularam nesta segunda-feira (18). O encontro aconteceu no final da tarde, no auditório da Prefeitura.
Segundo o prefeito, nenhuma nota oficial foi emitida pelos hospitais e pela Prefeitura, que atuam em parceria. “Sempre existiu o consenso do diálogo. E, quando fôssemos nos manifestar, nos manifestaríamos em conjunto. É isso que estamos fazendo aqui hoje”, afirmou Rafael.
O prefeito reafirmou que, para compreender a atual realidade da cidade, é necessário relembrar os números: no início de seu mandato, a dívida foi orçada em R$ 2,4 bilhões, com déficit mensal de R$ 57 milhões. Depois de oito meses, houve melhorias, com redução do déficit para cerca de R$ 35 milhões. Diante do quadro apresentado, Rafael abordou a questão dos repasses para as unidades hospitalares contratualizadas: o último foi de 50% do valor de julho para agosto.
— Estamos em dia no repasse da verba federal. Como não temos dinheiro para cobrir toda a folha municipal, nos acertamos para pagar um pouco mais da metade dessa folha agora. E, para o mês que vem, a gente vai fazer um exercício financeiro, novamente, para tentar cumprir com nossas obrigações. Temos que nos lembrar das extremas dificuldades pelas quais os hospitais passam. Eles estão abertos, até hoje, pelo esforço dos profissionais que estão lá dentro — disse, ressaltando que, apesar de gerir a cidade com metade da verba que dispunha o governo anterior, tem buscado soluções.
Uma das unidades que enfrenta dificuldades é o Hospital dos Plantadores de Cana. No ano passado, o funcionamento do hospital foi mantido com auxílio de um empréstimo feito com a Caixa Econômica Federal. Representante do HPC, que acumula uma dívida de R$ 12 milhões deixada pela gestão passada, Frederico Paes explicou que o hospital atua com receita formada por 60% da verba municipal e 40% da federal.
— Tivemos problemas com o pagamento de funcionários, que deveria ter sido feito no quinto dia útil. Mas, acertando os 50%, conseguiremos pagar alguma coisa aos fornecedores e aos funcionários. A gente não consegue manter funcionamento com 50% do que recebe normalmente. Foi prometido, em reunião, que os 50% do valor devido, equivalente a julho, serão pagos nesta semana.

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