Jane Ribeiro, Verônica Nascimento e Paula Vigneron
13/09/2017 08:42 - Atualizado em 15/09/2017 16:47
Operação Constantinopla
Operação Constantinopla
Operação Constantinopla
Operação Constantinopla
Operação Constantinopla
Operação Constantinopla
Operação Constantinopla
As polícias Civil e Militar e o Ministério Público anunciaram nesta quarta-feira (13) o que pode ser início da queda de uma das maiores organizações criminosas de Campos. A ação contou com 120 agentes — entre policiais civis, militares e rodoviários federais, além da Força Nacional e Guarda Civil de Casimiro de Abreu, com o apoio de cães. A Operação Constantinopla, nome dado em alusão à queda da principal cidade do império romano, foi realizada nas comunidades do Matadouro, Portelinha e Tira Gosto, além de outros bairros ligados ao tráfico da Tira Gosto. Dos 71 mandados de prisão expedidos, 53 foram cumpridos. Em entrevista coletiva, os delegados titular e adjunto da 134ª DP (Centro), Geraldo Rangel e Pedro Emílio Braga, respectivamente, com o promotor da 1ª Promotoria de Investigação Penal, Fabiano Rangel, e do comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Fabiano Souza, revelaram que a operação foi desencadeada após investigação iniciada no final do segundo semestre de 2016, quando houve intensa guerra entre o principal nome da Tira Gosto, comunidade ligada a facção criminosa atuante no Rio, e um de seus gerentes.
— Conseguimos, através de intensa investigação, chegar até ele, que travava uma intensa guerra com um dos seus principais gerentes. Diante do conflito, diversas mortes aconteciam, abalando o cenário de segurança pública, elevando as estatísticas de violência. A partir disso, começamos uma investigação para entender as razões desse conflito e passamos a investigar a atuação dessa organização e o domínio não apenas na comunidade que ele comandava, mas também em outras, como Goitacazes e Guarus. Conseguimos desmantelar uma organização que dominava o tráfico de drogas em Campos há mais de 30 anos — disse Pedro Emílio.
Segundo o titular da 134ª Delegacia de Polícia, Geraldo Rangel, os presos, devido a sua periculosidade, já foram encaminhados para a Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro, em Campos.
— Tivemos uma investigação muito complexa, mas conseguimos cumprir um grande número de prisões, mandado de busca e apreensão. Cabe agora ao Ministério Público e à Justiça delinear a conduta de cada um deles e a consequente condenação e aplicação de pena — disse Geraldo.
O promotor Fabiano Rangel informou que as investigações só estão começando. “Nosso trabalho é decifrar ainda mais o funcionamento dessa organização. Não podemos antecipar o que vai acontecer, mas acredito que a partir de agora eles terão mais dificuldade na distribuição das drogas”.
Os mandados foram de prisão temporária, por 30 dias, podendo se estender por mais 30.
Apreensões — No final da tarde desta quarta-feira, a Polícia Militar deteve, na Penha, a partir de denúncia anônima, um homem com 29 buchas de maconha já preparadas para serem transportadas, segundo policiais, para a Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro. Também foram apreendidas 12 buchas grandes de maconha, quatro tabletes de maconha, uma sacola com maconha, 100 g de pasta base de cocaína, material para embalar droga, um pote de fermento em pó, uma balança de precisão digital, três aparelhos celulares e três relógios.
Já na manhã da última terça-feira, a polícia apreendeu mais de 300 kg de maconha em uma casa que seria utilizada como ponto de armazenamento de drogas, na rua Geraldo Miranda, no Jóquei II. Uma mulher de 29 anos e um homem de 23 foram detidos no bairro Vila Manhães. A suspeita foi identificada como locatária da residência em que estava a droga. As informações chegaram à PM por meio de denúncia anônima.
Os militares entraram na residência e acharam a maconha, distribuída em tabletes, na sala e na cozinha. O local estava sem mobília. Essa foi considerada uma das maiores apreensões de drogas deste ano.