O cuidado com a saúde bucal também é essencial para a vida humana, mas enfrentar uma anestesia ou aquele famoso “barulhinho do motor” acaba tornando a ida ao dentista uma tarefa aparentemente desagradável. Além disso, a dificuldade de acesso ao serviço odontológico por parte de algumas pessoas também se torna uma barreira para os cuidados necessários com os dentes. Para sanar esses problemas, a Prefeitura de Campos, através do Departamento Odontológico da secretaria de Saúde, tem desenvolvido o Tratamento Restaurador Atraumático (TRA). Trata-se de uma técnica que dificulta a recorrência de cárie e permite que a equipe odontológica trabalhe com crianças e adultos de uma forma confortável, sem dor, sem anestesia, sem o uso de brocas, além dos profissionais poderem atuar de forma rápida.

Atualmente, o TRA é coordenado no município pela dentista Bianca Ressiguier. Ela conta que, ao todo, 14 dentistas trabalham em dupla no projeto, o que significa que sete pacientes são atendidos, simultaneamente. A dentista informou, ainda, que “o projeto está sendo desenvolvido em vários territórios da ESF (Estratégia Saúde da Família), além de várias escolas municipais”.

Este ano, o projeto já foi desenvolvimento em algumas unidades. No dia 8 de agosto, um mutirão foi realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Chatuba, onde 50 crianças foram atendidas. A dentista da ESF, Renata Barra, disse que, no último dia 5, foi realizada uma ação do TRA no Acolhimento Lara. Outros trabalhos também estão previstos. “No dia 26 de setembro, um mutirão está agendado no Ciep Arnaldo Rosa Viana (Parque Aurora). O tratamento é uma técnica odontológica inovadora e que foi criada na Tanzânia com a finalidade de restaurar dentes de crianças de pequena e média cavidades, sendo também muito usada no serviço público”, explica a dentista, que teve como tema na dissertação de mestrado o TRA nos domicílios.

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  Departamento Odontológico da secretaria de Saúde

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  Departamento Odontológico da secretaria de Saúde

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  Departamento Odontológico da secretaria de Saúde

A ideia do TRA surgiu de professores holandeses que atuavam na Faculdade de Odontologia da antiga capital da Tanzânia, Dar Es-Salaam, localizada na África. No Brasil, o militante da técnica é o professor Antônio Monnerat da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

— O TRA foi desenvolvido nas décadas de 80 e 90 para ser aplicado em comunidades sem acesso à infraestrutura mínima para aplicação da odontologia convencional. A resolutividade da técnica impacta positivamente na redução dos cursos do tratamento quando comparado ao tratamento convencional — informa. (M.S.) (A.N.)