Paula Vigneron e Matheus Berriel
02/09/2017 17:24 - Atualizado em 04/09/2017 14:16
Familiares e amigos se despediram, neste sábado, do ex-presidente do Tênis Clube de Campos, Paulo Luiz Machado, de 84 anos. Ele estava internado desde o dia 19 de junho, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, e morreu na última sexta-feira (1), devido a uma perfuração no intestino durante um exame de colonoscopia, que resultou em septicemia. O sepultamento aconteceu no cemitério do Caju, em Campos. Sobre o caixão, foi colocada uma bandeira do Flamengo, clube pelo qual Paulo era apaixonado. A bandeira do Tênis esteve presente durante o velório, no salão do clube. Paulo, que era viúvo, deixa dois filhos, o produtor rural Júlio César e a juíza Paula Machado, e os netos Fernanda e Bruno.
Nas últimas homenagens prestadas a Paulo, o Tênis Clube de Campos estava sempre presente. Frequentador do clube desde os anos 1970, ele teve vários mandatos de presidente. Atualmente, estava à frente da presidência do Conselho.
— A vida dele era isso. Ele adorava o clube. Ajudava, queria tomar conta. Passou grande parte da vida dele aqui. Sempre esteve presente. Era como a casa dele. As paixões dele eram o Tênis, o Flamengo e mulher bonita. Ele foi tudo de bom. O maior exemplo de pessoa, de pai. Tínhamos uma relação muito boa. Inclusive, ele morava comigo — contou o filho Júlio César.
Sepultamento aconteceu no Caju
Velório aconteceu no Tênis Clube
Velório aconteceu no Tênis Clube
Entre outros dirigentes e ex-dirigentes do Tênis Clube de Campos, é unânime o discurso de que Paulo marcou época na instituição. “Ele tem serviços prestados fantásticos ao Tênis. Só ia para casa dormir.”, disse o ex-tesoureiro do Tênis e amigo de Paulo há cerca de 40 anos, Juarez Pessanha. “A nova gestão conseguiu trazer o Tênis de volta. Conseguimos, aos trancos e barrancos e com ajuda de Paulo, levantá-lo. Um dos últimos pedidos dele foi ser velado no salão do Tênis”, completou o diretor administrativo do clube, Rodrigo Campista.
Nascida e criada no Rio de Janeiro, a advogada Fernanda Machado, neta de Paulo, recorda que a relação com o avô era de companheirismo e diversão.
— Gostava muito do meu avô. Ele ia muito ao Rio e sempre levava torradinhas de alho, que eu amava, e chuvisco. Sempre dizia, de brincadeira, “minha neta não cresceu, não; tenho que ficar vigiando”. Víamos muitos jogos juntos. Fui atleta de vôlei, no começo da adolescência, e ele sempre acompanhava. Também sou flamenguista. Gostávamos de ver qualquer coisa do Flamengo. Eu vinha ao Tênis quando era bem pequeninha. E sempre foi um orgulho para ele, que nunca deixou de frequentar. Mesmo tendo falecido no Rio, fizemos tudo para fazer exatamente como ele gostaria que fosse. Acho que, de algum jeito, ele deve estar feliz — disse.