A marcação do clássico decisivo entre Americano e Goytacaz pelas semifinais do Campeonato Estadual da Série B1 para o estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, o Moacyrzão, em Macaé, no próximo dia 16, pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) tem gerado uma guerra de nervos nesses dias que antecedem o jogo, através reações nas redes sociais e declarações polêmicas entre dirigentes dos dois clubes.
Na última quinta-feira, em entrevista à rádio Absoluta de Campos, o presidente do Americano, Carlos Abreu, afirmou que o clássico não será realizado no estádio Ary de Oliveira e Souza por motivo de “segurança, mas também em razão da estrutura do estádio para abrigar o clássico, assim como as condições do gramado”.
As declarações de Carlos Abreu azedaram as relações entre as duas diretorias, que até então se mantinham harmônicas, inclusive a partir da cessão do Aryzão.
Não tardou para que o presidente do Goytacaz, Dartagnan Fernandes, reagisse, declarando-se surpreso com as declarações de Abreu.
— Fui pego de surpresa. Durante esse tempo todo, o gramado serviu, mas agora não serve. E se o campo não está em melhores condições é devido ao excesso de jogos, inclusive os do próprio Americano. O gramado é ruim para as duas equipes. O Goytacaz se sente apunhalado com essa decisão. E o Americano cuspiu no prato que comeu — disse Dartagnan.
Dartagnan lembrou que há um evento da Caixa Econômica Federal marcado para o Moarcyrzão no mesmo dia do clássico e espera até segunda-feira um posicionamento da Federação.
O dirigente alvi-anil alertou que as duas torcidas irão se encontrar na BR 101 para assistir ao clássico.
— Há o perigo de qualquer incidente entre torcedores a caminho de um mesmo local e pela mesma estrada. O jogo sendo aqui estaríamos a apenas alguns metros do Batalhão da PM. Onde haveria mais segurança? — indagou.
A partida do próximo dia 16 vale o acesso de um dos clubes à seletiva da Série A do Campeonato Estadual do Rio.