O novo Conselho Municipal de Cultura de Campos, que tomou posse no sábado (16), deve, agora, dar seus próximos passos. É o que aponta o vice-presidente do Conselho, Wellington Cordeiro. Segundo ele, o grupo, composto por 24 conselheiros titulares e 24 suplentes — sendo metade representantes de órgãos do município e a outra parte representantes da sociedade civil —, tem a próxima reunião marcada para o dia 30. O Conselho terá mandato de dois anos, reconduzível por mais dois.

— O primeiro passo é tomar pé da situação do Conselho, entender sobre o funcionamento dele como uma ferramenta que vai trabalhar em prol da cultura local. Vamos entender de forma clara sobre quais ferramentas a gente tem e como andam as questões burocráticas envolvidas no Conselho — disse Wellington, que é, também, conselheiro de Política Cultural do Governo do Estado.

— Outra demanda que será avaliada é a questão do Plano Municipal de Cultura. Na última Conferência Municipal de Cultura, realizada no final do ano passado, foi dado início, também, à construção do Plano Municipal. Esta é uma demanda necessária para que o município entre em sintonia com o Estado, pela secretaria de Estado de Cultura, e com o Governo Federal, através do Ministério da Cultura.

De acordo com a Prefeitura, “o Conselho tem por objetivo formular e aprovar a proposta de política cultural para o município, incluindo ações setoriais nas áreas de bibliotecas, museus, fomento às artes e promoção do patrimônio cultural; definir prioridades na consecução da política municipal de cultura e na aplicação dos recursos públicos destinados à cultura; fiscalizar as atividades culturais promovidas pela municipalidade; e outras atribuições”.

Wellington afirmou que já houve definições na primeira reunião, realizada no sábado após a posse.

— Foi definida uma comissão com quatro membros para analisar o regimento interno do Conselho nos próximos dias e propor, na próxima reunião, possíveis alterações. Essa comissão é formada por dois representantes do poder público e dois da sociedade civil.

Na próxima reunião, marcada para o próximo dia 30, a pauta principal, como explica o vice-presidente, é fazer um estudo do regimento interno, que poderá ser alterado ou não em uma futura assembleia, e tomar conhecimento do andamento do Plano Municipal de Cultura.

A princípio, serão feitas reuniões quinzenais, aos sábados, às 10h, no Museu Histórico de Campos.

— O espaço de tempo entre as reuniões é outra coisa que a gente irá debater nesta próxima reunião. Veremos se manteremos as reuniões quinzenais ou se adotaremos outra alternativa, como reuniões de acordo com a demanda.

Wellington Cordeiro também explicou sobre a atuação do Conselho ligada às várias áreas da cultura.

— Os membros do Conselho que são representantes da sociedade civil estão representando cada uma das câmaras temáticas, como teatro, dança, música, artes visuais e artes audiovisuais. Depois de termos entendimento pleno em relação ao funcionamento do Conselho, começaremos a ver as demandas, metas, estratégias e outras questões em prol de cada setor.

Para o vice-presidente do Conselho, as expectativas são boas.

— As pessoas que se apresentaram para concorrer na representação da sociedade civil e foram eleitas entraram com muito vigor e vontade de participar. Acho que o próprio momento que estamos passando, com a crise instalada, tanto na parte econômica quanto na política, fez com que as pessoas tivessem uma vontade maior de trabalhar pela cultura. É bom perceber uma boa vontade de todos. É importante que cada um entenda a importância da ativação deste Conselho.

A presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Cristina Lima, destacou a importância da reativação do conselho. “O conselho em atividade é importante, porque essa é a forma mais democrática de implementar a política de cultura do município”, relatou Cristina.

A Folha tentou contato com o presidente do Conselho, Rafael Damasceno, que também é secretário interino de Educação do município, sem êxito até o fechamento desta matéria.