Jhonattan Reis
11/09/2017 18:21 - Atualizado em 18/09/2017 15:05
A programação oficial do 2° Festival Doces Palavras (FDP!), que acontecerá entre os dias 20 e 24 deste mês, em Campos, foi divulgada nessa segunda-feira (11). O prefeito Rafael Diniz e a comissão organizadora do festival fizeram o anúncio à tarde, durante coletiva de imprensa, no coreto do Jardim do Liceu. O evento contará com atividades no Liceu de Humanidades de Campos, praça Barão do Rio Branco (Jardim do Liceu), Casa de Cultura Villa Maria e Câmara Municipal, Escola Municipal de Gestão do Legislativo (Emugle) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O FDP! acontece a cada dois anos e une duas tradições campistas: literatura e produção de doces. O festival tem organização da Associação de Imprensa Campista (AIC), Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e Academia Campista de Letras (ACL).
Entre os destaques do primeiro dia da programação, 20 de setembro, estão a visitação ao Corredor Histórico Cultural, às 10h, na Câmara, e o debate “Compositores e poetas campistas do mundo do samba”, às 19h, na Emugle.
O segundo dia de FDP! (21) terá o debate “Campos e as muitas cidades de Judith Grossmann”, na Emugle, e a exposição “Autores Campistas”, na Villa Maria.
Entre as atrações do terceiro dia (22), está o debate “O jongo e a Mana Chica na perpetuação da linguagem dos canaviais”, realizado na Emugle.
A conferência especial “Utopias em tempos de descrença”, com o professor e pesquisador Carlos Eduardo Berriel, homenageado da edição, acontecerá na Emugle e está presente na programação do quarto dia de festival, sábado, 23.
Já no último dia do evento, domingo, 24, estão, entre as atrações, a palestra “Uma viagem no tempo por Campos dos Goytacazes”, no espaço Ruth Maria Chaves, e a “Roda de conversa sobre as doceiras tradicionais de Campos”, na Emugle.
O prefeito Rafael Diniz falou sobre a importância de o evento ser feito com transparência e de forma “livre”.
— Estamos realizando um evento grandioso. Mesmo com toda a dificuldade financeira do município, não poderíamos deixar de realizar um evento como este. Este festival vai acontecer da melhor forma que a gente pode fazê-lo e que a cultura possa acontecer sempre na nossa cidade de forma livre.
Em maio, Diniz esteve no Ministério da Cultura (MinC) e apresentou o projeto do festival visando a liberação de recursos federais para a realização do projeto. Porém, em agosto a verba, na ordem de R$ 100 mil, apesar de garantida anteriormente, foi negada por conta de certidões negativas, dificuldades com documentação e outros problemas deixados pela gestão passada.
A presidente da FCJOL, Cristina Lima, comentou sobre a situação envolvendo a verba do MinC e a realização do FDP!.
— Foi um processo de muito trabalho e expectativas. Mesmo a gente não conseguindo essa verba, o quadrilátero histórico vai sediar um evento grandioso e que tem tudo a ver com o campista. É a valorização dos nossos talentos.
De acordo com o presidente da AIC, Vitor Menezes, são cerca de 150 atividades na programação do festival.
— A gente realizou várias reuniões para fazer a coisa acontecer, porque é uma estrutura grande e que envolve muita gente. Foram várias etapas. Uma das situações que enfrentamos foi a frustração da expectativa em relação aos recursos do Ministério da Cultura. Mesmo com todas as adversidades, será um evento muito bacana, com debatedores de altíssimo nível, oficinas, apresentações e outras atrações, sendo que este ano ainda tivemos maior quantidade de atividades em relação ao ano passado. Foi de cerca de 120 atividades para 150.
O presidente da ACL, Hélio Coelho, ressaltou que o 2º FDP! homenageia o professor e pesquisador Carlos Eduardo Berriel.
— Todo ano escolhemos um campista para ser homenageado. Ano passado foi a atriz e cantora Zezé Mota. Agora, neste segundo, escolhemos o Carlos Eduardo, que nasceu no entorno do Jardim São Benedito, estudou no Liceu, foi para São Paulo e se tornou mestre, doutor, pós-doutor, professor da Unicamp, consagrado como professor visitante em universidades do mundo inteiro. É um campista de que conquistou respeito nacionalmente e internacionalmente.
Festival — Como definido pela organização, o espaço principal, voltado para os debates culturais e culinários, receberá o nome da escritora e professora Judith Grossmann. As oficinas de doces acontecerão na tenda “Cabrunco”, que será montada no jardim da Casa de Cultura Villa Maria. As oficinas literárias serão desenvolvidas na tenda “Dijahoje”. Uma das doceiras participantes do evento, Fátima Braga, apresentou um novo doce desenvolvido especialmente para o festival e batizado como FDP!.