O professor, pesquisador e escritor Marcelo Sampaio lança, neste sábado (9), na Bienal Internacional do Livro Rio, no RioCentro, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, a obra “Amálgamas da Memória”, sua biografia. O lançamento acontece no stand G30, no Pavilhão Azul, às 16h30. O autor explicou que “Amálgamas Memórias”, publicada pela Editora Augrafia, conta com 50 temas que foram importantes para a vida dele, sendo todas as histórias abordadas de forma bem-humorada.

— Eu resolvi fazer uma autobiografia, porém não contando cronologicamente e detalhadamente tudo, mas selecionando 50 temas e discorrendo sobre eles, dando uma pincelada nessa miscelânea que foi a minha vida até agora. Apesar de não estarem em ordem cronológica, os temas foram seguindo certa ordem, pois eu não poderia, por exemplo, falar de infância lá na frente. A sequência tem todo um contexto.

Os temas, conta Marcelo, falam até de coisas sobre a vida dele que quem não o “conhece muito até duvida”.

— Relato em relação a várias coisas que foram importantes para minha vida, passando pelo futsal feminino, quando fui técnico, magistério, samba e Musica Popular Brasileira, além de infância, adolescência, morte da minha tia Glorinha Sampaio, o que foi uma pancada na minha vida, praia de Atafona, perda da virgindade e até sobre quando fui coreógrafo de desfile de moda, em 1985, quando estreei como colunista social jovem do jornal A Cidade — disse.

— E interessante é que, modéstia parte, como costumo dizer, para quem nasceu com apenas dois testículos, escrever um livro com 50 textículos já é um avanço e tanto, sendo meus testículos com ‘s’ e os do livro com ‘x’ — brincou Sampaio.

Marcelo explicou o porquê do nome “Amálgamas da Memória”.

— Como o livro se trata de uma autobiografia, obviamente falo do que vivi e vivo, há memória. Amálgama é algo que dá liga. Então, o nome faz a seguinte referência: é como se o livro se ligasse com a minha própria vida. São como ligas da minha memória que coloquei no papel.

Segundo o autor, a sua biografia foi pensada, inicialmente, para ser publicada quando ele completasse 40 anos.

— Isso porque tem aquela mística de que depois dos 39 você entra na época dos “enta”: 40, 50, 60. Então, queria lançar quando completasse 40. Porém, só comecei a escrever quando já estava com 39 e cheguei aos 40 com pouca coisa escrita. Pensei, então, em terminar com uma data redonda. Mas acabou que voltei a trabalhar no livro quando eu tinha 49 e finalizei este ano, com 53, um número nada redondo.

Para ele, o livro deve ser comprado por “todo mundo”.

— Os amigos devem comprar para me prestigiar. Já os inimigos, para saberem mais coisas sobre mim para que eles falem mal, porque tem muita coisa no livro que muita gente nem imagina — comentou ele, lembrando que o livro será vendido por R$ 30 reais. “Preço não para ficar rico, mas para pagar os custos da impressão”, falou.

Sampaio contou, ainda, que vários detalhes tornam a obra uma biografia diferenciada.

— Tive vários cuidados na hora de preparar o livro. Os capítulos, por exemplo, não têm títulos. Eles são numerados em algarismos romanos, o que tem a ver com o professor de História que sou, lembrando que os séculos são numerados dessa forma. Também escolhi um estilo de letra que remete à escrita da máquina de escrever, com o objetivo de o leitor ter a impressão de estar lendo algo datilografado. Outra coisa foi a opção pela cor das páginas. É um pólen meio amarelado que dá noção de coisas antigas. Isso tudo indicando que estou falando de memórias.

O livro também será lançado em Campos.

— Isso acontecerá em outubro. Apenas uma coisa está sendo definida, que é o local, pois estou com um problema que todo mundo gostaria de ter: tenho muitos convites de lugares para lançar. Mas é certo que será lançado em Campos, no próximo mês, já que vários amigos não poderão estar no Rio sábado.