Celso Cordeiro Filho
07/09/2017 17:58 - Atualizado em 09/09/2017 14:03
“Depois de rever o filme, posso dizer que não tem erro. A trama é bem desenvolvida e Jonathan Demme mostra que é um excelente diretor de atores, destacando-se as interpretações de Tom Hanks e Denzel Washington”. A observação foi feita pelo jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa após a apresentação do filme “Filadélfia”, quarta-feira (6), no Cineclube Goitacá. Durante o bate-papo com a plateia foram feitas algumas intervenções de elogio ao filme ressaltando o acerto como os temas Aids e homossexualismo foram desenvolvidos. Na época (1993), esses assuntos eram tabus na sociedade norte-americana, que mantinha uma série de preconceitos.
— É bom ressaltar que o filme foi feito em 1993, quando a realidade era um pouco diferente e esta questão de gênero não era tão discutida. Hoje o quadro é diferente, mas passados 30 anos o homossexualismo ainda gera discussões. O trabalho de Jonathan Demme é espetacular, pois é um filme sem falhas do ponto de vista técnico, muito bem amarrado — enfatizou Aluysio. Em reconhecimento ao seu trabalho, Tom Hanks recebeu o Oscar de Melhor Ator. O apresentador ainda destacou as atuações de Jason Nelson Robards Jr. e Antonio Banderas e lembrou que Demme havia feito em 1991 outro filme espetacular, “O Silêncio dos Inocentes”, que deu a Anthony Hopkins, o Oscar de Mlhor Ator.
Antes da apresentação de “Filadélfia”, o produtor cultural Antonio Luiz Baldan exibiu uma reportagem da TV Norte Fluminense, feita no final dos anos 90, sobre o centenário do escritor Mario de Andrade. Nela aparece o professor e historiador Aristides Soffiati falando sobre o autor de “Macunaíma” e visitando o Solar doa Ayrizes, onde morou o historiador campista Alberto Lamego, caracterizado como o escritor. “É uma homenagem ao nosso Aristides Soffiati que cultua e conhece profundamente a obra de Mario de Andrade”, disse Baldan.