Em meio a grave crise financeira, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) manteve, nesta quarta, o veto do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao projeto de lei que pretendia reduzir seu próprio salário em 30%. Além de Pezão, a proposta previa a redução dos vencimentos do vice-governador Francisco Dornelles (PP), dos secretários, e vedaria a contratação de transporte aéreo, como o jatinho que estava sendo licitado para o Poder Executivo e teve o processo suspenso pelo TCE.
O projeto fazia parte do pacote de austeridade elaborado pelo próprio governador e aprovado na Alerj no começo do ano. No entanto, o Assembleia Legislativa não aceitou alguns dos pontos do pacote e Pezão decidiu vetá-lo completamente.
Na sessão desta quarta, os deputados estaduais poderiam derrubar o veto de Pezão caso a maioria simples concordasse, porém, a decisão foi mantida com 26 votos favoráveis e 21 contrários.
A remuneração do governador atualmente é R$ 21.868,14. A medida da Alerj também garante a possibilidade de pagamento dos chamados “supersalários”. São funcionários cedidos por outros órgãos ou empresas estatais e que acabam acumulando duas remunerações, compondo valor acima do teto do teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil.
Pezão justificou sua desistência anteriormente citando uma “inversão da hierarquia”, com subordinados ganhando mais que seus chefes. (A.S.) (A.N.)