O Tribunal Regional Eleitoral colocou em pauta para julgamento na próxima segunda-feira uma representação da coligação “Uma Cardoso para todos”, liderada pelo atual prefeito de Cardoso Moreira, Gilson Siqueira (PP), contra o ex-prefeito Gegê Cantarino (PMDB) pela utilização irregular de uma bateria de escola de samba durante comício na última eleição. O pedido inicial era para a cassação do registro e inelegibilidade de Gegê, porém, o juíz Rodrigo Rebouças, da 141ª Zona Eleitoral de Cardoso Moreira e Italva, aplicou uma multa no valor de R$ 50 mil.

A alegação da coligação “Uma Cardoso para todos” foi de que o então candidato à reeleição de comícios animados pela bateria de uma escola de samba, o que caracterizaria um “showmício” e é proibido por lei. Na sentença de primeira instância, Rebouças relata que “a análise dos autos revela que os representados efetivamente utilizaram em seus comícios bateria, semelhante àquelas utilizadas por escolas de samba no carnaval, para animar seus comícios, o que é vedado”.

Além disso, o magistrado diz que o Ministério Público constatou “que no perfil do candidato (...) há vídeos que mostram a participação da aludida bateria”. A defesa de Gegê alegou que show foi realizado por conta própria dos artistas, sem a contratação da campanha.

Porém, na sentença, o juiz destaca que, independente da contratação ou não, o show foi realizado, mas que não configura abuso de poder econômico ou político, pois se trata de “ofensa a norma de propaganda eleitoral de forma simples”.

A equipe de reportagem não conseguiu localizar Gegê Cantarino até o fechamento desta edição.