Em mais um episódio da crise que atinge o PSDB, o presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), disse nesta terça-feira (22) que a ala descontente dentro do partido precisa provar que é maioria.
Tasso assumiu o comando interino do partido após virem à tona acusações de corrupção contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que se licenciou da presidência da legenda. Desde então, o partido está rachado sobre qual postura deve assumir na atual conjuntura política.
Uma ala do PSDB, mais próxima a Aécio, defende que Tasso deixe o comando da sigla. Outra ala, insatisfeita com escândalos de corrupção, não quer que o senador mineiro retome a liderança do partido.
Nesta terça, questionado sobre o racha dentro do PSDB e sobre a posição de parte da sigla que defende sua saída do comando, Tasso afirmou:
“Eles [que] vão ao Aécio e digam: ‘Aécio, tira o homem que ele não nos representa’; e provem que são majoritários. É tão fácil. Se não tivesse um presidente efetivo, tivesse que ir para a executiva, ai seria mais complicado. No nosso caso é simplérrimo”, opinou Tasso.
O senador voltou a dizer que está “consciente” de sua condição de interinidade à frente do partido e disse que ele deixe a presidência do partido não é necessário “nenhum tipo de articulação ou pressão”.
“É um ato puro e simples do presidente efetivo [Aécio Neves], que ele faz e pronto. Não depende de mim e de mais ninguém. Só do presidente efetivo”, opinou.
Sobre a permanência do PSDB no governo, Tasso disse nesta terça que isso é um “detalhe” e que o partido vai continuar votando a favor de propostas que considera importante, como as reformas da Previdência e tributária, defendidas pelo Palácio do Planalto.