A primeira reforma administrativa do governo Rafael Diniz (PPS) ainda não chegou à Câmara Municipal, o que deve acontecer até a próxima semana. Segundo informações, a meta é fazer o maior corte de comissionados dos últimos tempos. Desde o início da atual gestão, mais de 500 cargos comissionados já foram cortados e esse número deverá ser bem maior, podendo chegar quase ao dobro com a nova estrutura da Prefeitura de Campos.

Entre outras medidas a serem adotadas pelo governo municipal está fusão de secretarias. Além disso, também está sendo estudado corte nos salários de vários cargos e funções, como já começou a acontecer com os servidores que receberam através de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA). Em agosto houve corte de 50% dos vencimentos destes funcionários para, de acordo com a Prefeitura, se adequar à nova realidade econômica do município.

O secretário de Governo Fábio Bastos, em matéria anterior, informou que as medidas são necessárias em função da instabilidade financeira provocada pela “venda do futuro”, cujo pagamento de 10 % dos royalties está garantida apenas por uma liminar: “Depois do susto que foi quando a liminar caiu, precisamos nos preparar”, afirmou Bastos.

As reuniões para definição dos detalhes da reforma têm acontecido também com a participação do secretário municipal de Fazenda Leonardo Wigand. A reforma estava prevista para chegar à Câmara em junho, mas justamente em função da “venda do futuro” não foi possível, disse Fábio Bastos.

— Estamos refazendo os prognósticos financeiros depois da decisão sobre a Caixa. Como a decisão é liminar, precisaremos cortar mais do que o previsto anteriormente. Estamos estudando para ver como serão feitos estes cortes, se de uma maneira linear, se em número de cargos, se em valores. Tudo está sendo analisado — em entrevista anterior.

Inicialmente, a reforma administrativa tinha o objetivo de reduzir os custos da máquina administrativa em até 20% e estrutura de cargos em cerca de 30%. Para isso, já em maio estava pronto um levantamento da estrutura organizacional da Prefeitura de Campos.

Além da redução de custos e cargos, mudanças em pastas e funções dos servidores e cargos comissionados também estavam (e continuam sendo) preparadas: “Mas além da realidade econômica, queremos continuar atendendo a população, de maneira célere e eficiente”, garantiu o secretário de Governo.