As ações penais que têm como réus o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e os vereadores Linda Mara (PTC), Thiago Virgílio (PTC), Kellinho (PR), Jorge Rangel (PTB) e Miguelito (PSL), além da ex-secretária municipal de Desenvolvimento Social e Humano, Ana Alice Alvarenga, e da ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch, estão na reta final. Todos são alvos da operação Chequinho, que investiga um possível esquema de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição e que teria Garotinho como chefe, segundo a denúncia do Ministério Público. O prazo para a apresentação das alegações finais da defesa do ex-governador expira no próximo sábado. Entre demitidos e pedidos de demissão, pelo menos cinco advogados já passaram pela defesa de Garotinho em uma estratégia considerada “procrastinatória” pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral. Atualmente, o réu é representado pelo segundo advogado dativo do processo, Antônio Carlos Guzzo.
Nessa segunda-feira (21), o Tribunal Superior Eleitoral decidiu manter o andamento da ação penal na Justiça Eleitoral de Campos contra Carlos Alberto Soares de Azevedo Júnior, escrevente substituto do 24º Ofício de Notas do Rio, acusado de coação no curso do processo em benefício de suspeitos de corrupção eleitoral investigados na Chequinho.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral, Carlos Alberto lavrou escritura pública em que uma testemunha, servidora da Prefeitura de Campos, teria sido coagida a dar declarações falsas para beneficiar investigados por corrupção eleitoral. Segundo os autos, a servidora teria sido ameaçada de demissão e forçada a dizer que foi constrangida por policiais federais a prestar depoimento que incriminasse os investigados.
Antes de Guzzo, a defesa de Garotinho já foi constituída pelos advogados Fernando Fernandes, Rafael Farias, Thiago Godoy e Eduardo Ferraz, que foram demitidos. Ralph Manhães chegou a nomear Amyr Moussallem como advogado dativo do réu, porém, ele pediu demissão após divergências com o magistrado.
O prazo para a apresentação das alegações finais da defesa termina no próximo dia 26. Depois disso, os autos ficam disponíveis para o juiz proferir a sentença.
Além de Garotinho, as ações penais que os cinco vereadores, a ex-secretária e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão respondem também estão em fase final. Os sete foram interrogados por Manhães no dia 9 de agosto. Entre prazo para vistas, alegações do Ministério Público e da defesa, o processo poderá ter um desfecho em primeira instância até o início do próximo mês. (A.S.) (A.N.)