Doação de alimento paralisada na Uenf
Matheus Berriel 29/08/2017 20:37 - Atualizado em 30/08/2017 15:17
Servidores procuram ajuda e união
Servidores procuram ajuda e união / Antonio Leudo
Foi encerrada na semana passada a campanha de doações de cestas básicas organizada pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe). A ação foi destinada a ajudar servidores que estavam com os vencimentos atrasados no Estado, entre eles os da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). O pagamento dos salários de maio, junho e julho por parte do Governo do Estado, no último dia 14, marcou o encerramento. Em Campos, foram doadas 2.216 cestas básicas, totalizando mais de 33 mil quilos de alimentos.
— Ainda que o Governo não tenha pago o 13º salário do ano passado, colocou os salários desse ano em dia. Então, como a campanha foi baseada em servidores sem salários com fome, a partir do momento que receberam, a campanha se encerrou — afirmou Sérgio Dutra, representante do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Estado do Rio de Janeiro (Sintuperj) no Musp.
Entre os servidores, há uma grande preocupação quanto à inexistência do calendário de pagamentos do restante do ano. De acordo com a presidente da Associação de Docentes da Uenf (Aduenf), Luciane Silva, este foi o principal motivo para os professores da instituição terem votado na semana passada pela continuidade da greve, que já dura 26 dias. Em nota, também na semana passada, a secretaria estadual de Fazenda informou apenas que “concentra esforços para efetuar o pagamento do salário de agosto no 10º dia útil de setembro”. Segundo o dirigente sindical do Sintuperj, caso este pagamento não ocorra dentro do prazo previsto, há possibilidade de retomada da campanha “Servidor Sem Salário Tem Fome”.
— Caso volte a acontecer o atraso dos salários, o Muspe vai se reunir e verificar se há viabilidade de retomar. Quando fazemos campanhas assim, deixamos de lutar pela questão sindical, de categoria, da questão do Governo, para canalizar o esforço de trabalho nas questões sociais. A gente tem que medir muito até onde pode mudar o foco do Muspe. Há a possibilidade de retomada. Porém, esperamos que não seja preciso — destacou Sérgio Dutra.

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