Jane Ribeiro
23/08/2017 22:52 - Atualizado em 25/08/2017 13:06
Em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (23), com três horas de duração, o corpo docente da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) aprovou a continuidade da greve. A categoria está paralisada há 20 dias. A proposta apresentada pela diretoria da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf) teve 51 votos favoráveis, além de 49 contrários e uma abstenção. Com isso, as aulas do segundo semestre continuam suspensas. A greve se estenderá por tempo indeterminado, até que seja apresentado um calendário de garantia de pagamento dos próximos meses e também do 13º salário referente a 2016.
Uma das grandes discussões entre os professores era quanto às condições de trabalho. Segundo a presidente da Aduenf, Luciane Silva, não há mais como trabalhar nessa situação. “Estamos sem segurança nenhuma para trabalhar. O campus não tem iluminação, os laboratórios estão sucateados, sendo sustentados pelos professores. Precisamos que além do pagamento do 13º e do calendário para os próximos meses, que o Estado libere insumos para que a universidade possa trabalhar como antes. Enquanto isso não for decidido ficaremos parados”, disse ela.
Entre as manifestações de ideias dos professores, alguns pediram mais apoio durante a paralisação. Segundo eles é preciso que haja uma consolidação entre professores, corpo técnico e terceirizados.
— Hoje nossa luta não é só pelo salário, mas também por defender a universidade pública de gratuita. Precisamos nos mobilizar com ações concretas e manifestações que chamem a atenção do Governo do Estado — informou a vice-reitora Teresa de Jesus Peixoto Faria.