Médicos que atuam na saúde pública do município realizaram, na noite dessa sexta-feira (12), uma assembleia extraordinária para debater sobre questões do setor, no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), na Faculdade de Medicina de Campos (FMC). Durante o encontro, ficou decidido que uma comissão, formada por 30 profissionais — 10 do Hospital Ferreira Machado (HFM), 10 do Hospital Geral de Guarus (HGG) e 10 de postos de saúde — se reunirá, na noite da próxima quarta-feira (16), com o prefeito Rafael Diniz (PPS) para apresentar um documento com pautas a serem discutidas para melhorias na área.

A pauta de reivindicações que a categoria levará ao prefeito é composta de cinco itens: reposição de insumos e equipamentos; condições de trabalho; corte da gratificação da emergência; segurança e assuntos gerais. Os dois primeiros são considerados os pontos principais. A abertura foi feita pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Campos, José Roberto Crespo. Ele recordou que, nos últimos oito meses, foram feitas reuniões com o prefeito e a secretária de saúde, Fabiana Catalani, para alertar sobre a necessidade de melhorias nas condições de postos de saúde e hospitais do município e em relação aos trabalhadores.

— Em Campos, não se tem plano de cargos e salários. O salário da cidade, hoje, é o menor da região. O servidor não vê perspectiva de uma carreira dentro da gestão pública. Essas coisas precisam ser melhoradas. É um trabalho longo, mas tem que ter o primeiro passo. Esta é a grande luta do sindicato: que haja aceno de uma perspectiva de crescimento. Isso congrega poder público, profissionais e população. Esse é o grande objetivo dos Sindicatos dos Médicos: que a população seja assistida. Noventa por cento das pessoas dependem do SUS. Então, defendemos esse sistema com unhas e dentes. Não dá para abrir mão de um sistema com condições dignas que dê à população a qualidade de atendimento de que ela precisa — afirmou José Roberto.