Paula Vigneron
11/08/2017 17:43 - Atualizado em 12/08/2017 12:55
Uma criança de um ano e quatro meses morreu, na tarde desta sexta-feira (11), no Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, após dar entrada na unidade com infecção respiratória e suspeita de abuso sexual. Inicialmente, a menina foi encaminhada por familiares ao Hospital São Vicente de Paulo, no município de Bom Jesus do Itabapoana, nessa quinta-feira (10). O caso, registrado na 144ª Delegacia de Polícia (Bom Jesus do Itabapoana), está sendo investigado pela Polícia Civil do Espírito Santo e acompanhado pelos conselhos tutelares das duas cidades, de Bom Jesus do Norte e de Cachoeiro de Itapemirim.
De acordo com o Hospital Infantil, que confirmou a morte, a menina deu entrada no Hospital São Vicente de Paulo com problemas respiratórios. No local, segundo relatos da mãe aos médicos da unidade do Espírito Santo, os profissionais perceberam que a criança tinha lesões na parte genital, ânus e boca. Devido à gravidade do estado de saúde da paciente, ela foi transferida para Cachoeiro, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa da infecção.
Apesar dos ferimentos encontrados no corpo da menina, o hospital do Espírito Santo não pôde afirmar que houve estupro. A confirmação só poderá ser feita após exames realizados no Instituto Médico Legal (IML) de Cachoeiro, para onde o corpo da vítima foi encaminhado.
Conselhos acompanham caso — O Conselho Tutelar de Bom Jesus do Itabapoana confirmou que a menina deu entrada no Hospital São Vicente de Paulo. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e entrou em contato com o conselho, que acompanhou a família até o momento do registro na delegacia do município.
O caso foi encaminhado aos conselhos de Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim e Apiacá, onde a menina residia com a avó. O local do suposto crime, no entanto, não foi confirmado pelos órgãos envolvidos na investigação.
A equipe de reportagem entrou em contato com o Conselho Tutelar de Cachoeiro por volta das 16h30, e, no momento da ligação, conselheiros de Apiacá estavam na sede de Cachoeiro. Eles, no entanto, não quiseram dar informações sobre o fato.