Ultimamente, as autoridades demonstram estar engajadas no reforço da segurança no estado do Rio de Janeiro, principalmente na capital e na região Metropolitana. Apesar de a medida ser de extrema necessidade, os municípios do interior, como Campos, não podem ser esquecidos. As mudanças nos comandos de órgãos ligados à segurança pública, como ocorreu essa semana no 6º Comando de Policiamento de Área (CPA), podem significar novas estratégias na coibição de crimes, embora haja o entendimento não modificar alguns planejamentos.

O coronel Friederik Minervini Bassani, que assumiu o comando do 6º CPA na última quinta-feira, ressaltou que está ciente de todos os problemas da região — inclusive sobre a briga entre facções pelo comando do trafico de drogas — e que vai seguir as diretrizes traçadas pelo Comando. Ele informou ainda que as estatísticas dão conta de que o combate está sendo feito.

— Os números estatísticos do 6ª CPA são excelentes e dentro dos comandos de policiamentos de área é um dos comandos que poderão atingir as metas estipuladas pela secretaria de Segurança Pública. Quanto à migração de criminosos para o interior do estado, eu não vejo essa possibilidade, mas caso haja saberemos agir dentro das normas do comando e do serviço de inteligência — informou o novo comandante.

Já o coronel Lúcio Flávio Baracho que deixou o comando do 6º CPA para assumir a Chefia do Estado Maior da Polícia Militar, terá a frente um desafio que é diminuir o número de mortes de policiais. Somente no mês de julho foram 92 policiais mortos em confronto e também de folga.

— Precisamos trabalhar fortemente em cima da segurança do policial, nas ações preventivas, atenção com as atividades de polícia de forma que não provoque ações que possamos colocar em risco desnecessário o nosso companheiro policial militar, praça ou oficial e também a sociedade. Estamos aqui para proteger — disse Baracho.

Quanto à migração de criminosos para o interior do Estado, Baracho informou que não há registro de criminosos vindos para o interior. Ele disse ainda que, diferente da capital, as regiões Norte e Noroeste Fluminense fecharam o mês de julho com redução do número de homicídios, roubos de ruas e de carros.

— No último mês de junho foram registrados 9 homicídios no município e 7 em julho. A marca histórica dos últimos 20 anos fica por conta do índice inferior a dez, por dois meses seguidos. Atribuímos isso a vários fatores, entre eles as prisões de quadrilhas, circulação das viaturas e uma ação mais específica do policiamento — informou Baracho.

eral que atende Campos e região recebeu 18 dos 24 policiais que atuarão no reforço das BR 101 e 356. A medida faz parte de uma ação para minimizar o índice de roubo de cargas.

Todo o trecho de atuação da PRF foi reforçado, da divisa do Espírito Santo à São João da Barra. A equipe entrou em exercício no final do mês passado. Alguns dos policiais vieram dos estados do Piauí e Rio Grande do Norte. “Eles vieram especialmente para combater o roubo de cargas, mas atuarão também nos casos de tráfico e roubo à veículos, que aumentaram bastante na nossa região”, informou Darlan Gomes, chefe de policiamento da PRF. De acordo com a PRF, só no estado do Rio, acontecem 27 roubos de cargas por dia, número que vem crescendo desde 2013.

Com base em dados levantados pela Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo (Fetcesp), as cargas mais visadas pelos bandidos, são: produtos alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos, produtos químicos, têxteis, autopeças, combustíveis e bebidas. A PRF disponibiliza atendimento no número 191. Ao notar que algum veículo está te seguindo, avise a polícia rodoviária.